Speckmäis in der Bibliothek

Gon Tooch meine liewe Leit!
Hier honn mear en Artikel, ei en Text von dem berühmte bräsiljoonische Autoar Laurentino Gomes geschrieb unn dann von mear ins Riograndenser Hunsrückisch transkriwiert. Naja dann, los geht’s:

Ich woor hiedie Woch bei der Universität von Coimbra (in Portugal) gewen, ener von der ältste von der Welt, mit en Geschicht, wo uff das Joahr 1290 zurückgeht, um uff en Inloodung von Amnesty International unn der Vereinichung von bräsiljoonische Forscher unn Studente en Palestre/Voartrooch üwer Skraverei zu halle.

Es iss en machischer Platz, wo sein ältste Gebäide on Hogwart, die berühmte Schul von Harry Potter, enem erinne macht. Das Gewicht von der akademischer Rituoole, plus die Architektur unn Traditione, das alles weard jo echt impressiv. José Bonifácio de Andrade e Silva, Patriarch von der Unabhängichkeht (Bräsilje seine Independenz), woor Professor für Mineraloschie unn kämpfte in der Funktion geche die napoleonische Truppe, wo zum Zeitpunkt von der Flucht vom portogääsische Hof noh Bräsilje in Portugal domols renzus ins Land om marschiere woor.

Von allem, was ich hiedie Woch in der Stadt Coimbra gesiehn honn, hot mich jedoch nichs mehr beindruckt alswie die Geschicht von der Speckmäis in der wunnerschöne Joanina-Bibliothek (sieh die earst Foto), wo zwische 1716 unn 1728 von Könich Dom João V. uff dem Höhepunkt von Gold und Diamanten Onstorrem gebaut geb woar. Die Bibliothek beherberricht 60.000 Bände von alte Bücher. Das Mahagoniholz von der Regale und Möwel ist bräsiljoonisch. Dren in der Bibliothek lewe zwooi Speckmauskoloniee.

Die Mäis mit Flittcher sinn die Verteidicher von der Bibliothek. Sie sinn schon zeit Joahrhunnerte dort. Die schloffe der ganze Tooch. Dann nachts fliehe se doorrich die weite Räume mit seahr hoche Decke. Sie jachte buchzerstörende Insekte unn Ungeziewer. Dodrum werre se respektiert unn geschützt. Die Fussboollmannschaft von der Stadt hot jo en Schlächer wie Maskottche.

Der Führer von der Biblioteca Joanina de Coimbra verzählt mear, dass Speckmäis ooch die Wächter von der Bibliothek im Kloster von Mafra sinn, noch en Juwel von dem Land Portugal sein Barockzeit, ens wo ooch von dem selwiche Mann gebaut geb woard, Könich Johannes der Finnefter, Rei Dom João V.

Also wenns du dich en Tooch in Portugal ooch befinndst, denk dann mol droon, der Speckmäis treu se ehre unn huldiche. Die Bewoohrung von unser Gedächtniss unn unser Kultuar hängt von dene ab.

Build in the 1200s library in Coimbra, Portugal, with the interior made out of beautiful dark wood from colonial Brazil. Bat colonies live in it, they keep book damaging insects under control by eating them.

Coimbra Bibliothek

Texto original de Laurentino Gomes:

Estive esta semana na Universidade de Coimbra, uma das mais antigas do mundo, de 1290, para uma palestra sobre escravidão a convite da Amnistia Internacional e da Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros.

É um lugar mágico, cujos edifícios mais antigos lembram Hogwart, a famosa escola de Harry Poter. O peso dos rituais acadêmicos, da arquitetura e das tradições chega a ser opressivo. José Bonifácio de Andrade e Silva, patriarca da Independência, foi professor de mineralogia e nessa condição lutou contra as tropas napoleônicas que invadiram Portugal na época da fuga da corte para o Brasil.

De tudo que vi em Coimbra esta semana, porém, nada me impressionou mais do que a história dos morcegos da belíssima Biblioteca Joanina (primeira foto), construída entre 1716 e 1728 pelo rei dom João V, no auge da corrida do ouro e dos diamantes no Brasil. A biblioteca guarda 60 mil volumes de livros antigos. O mogno das estantes e do mobiliário é brasileiro.
Lá dentro vivem duas colônias de morcegos.

São os defensores da biblioteca. Estão lá há séculos. Dormem durante o dia. Voam à noite pelos amplos espaços de pés-direito altíssimos. Caçam insetos destruidores de livros. Por isso, são respeitados e protegidos. O time de futebol da cidade tem um morcego como mascote.

O guia da Biblioteca Joanina de Coimbra me conta que morcegos são também os guardiões da biblioteca do Convento de Mafra, outra joia do barroco português, construída pelo mesmo dom
João V.

Por isso, quando estiverem em Portugal, lembrem-se de reverenciar os morcegos. A preservação da nossa memória e da nossa cultura depende deles.

Fonte deste texto:

Mostra tua língua!

O que você sabe sobre as línguas do Brasil?

Primeiro, uma coisinha: tupi-guarani não é uma língua, mas uma classificação linguística. É um nome dado por estudiosos a um grupo de falas indígenas diferentes, mas aparentadas. Similarmente, a gente não diz que fala “germânico”, mas especifica se é inglês, alemão, dinamarquês ou norueguês. As línguas latinas ou românicas também formam uma classificação linguística. Vale lembrar que o que é elementar para uma pessoa pode ser uma revelação para outra.

O Brasil não é um país monolíngue, como muita gente pensa. Além da língua nacional e da Língua Brasileira de Sinais (Libras), existem mais de duzentas outras línguas menores faladas no país.

Essas línguas podem ser divididas em dois grupos principais:
1. Línguas autóctones (também chamadas línguas-da-terra, línguas originais ou indígenas);
2. Línguas alóctones, que, assim como o português, foram historicamente trazidas de fora. Essas línguas se estabeleceram, ajustaram, modificaram e, enfim, emergiram em consequência dos processos de colonização do território brasileiro, que, como sabemos, é de uma imensidão continental.

De fato, dentro do mesmo Brasil existem muitos “Brasis”!

Você já ouviu falar do alemão hunsriqueano riograndense? Sabia que ele só existe no Brasil como língua materna e língua corrente, sendo muito falado no sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul, e até mesmo em alguns pontos de países vizinhos?

Sim, neste ano de 2024, quando se celebram os 200 anos da imigração de pessoas de fala germânica para o Brasil, é importante conhecer os fatos básicos sobre a variante do alemão que é a mais falada no país. Trata-se de uma língua regional, que historicamente funcionou como uma língua franca em boa parte do Brasil meridional e que é, de fato, a língua do peito, a língua mais íntima de milhares de brasileiros e brasileiras.

Em português, um dos seus nomes é hunsriqueano riograndense; já no próprio idioma, pode-se chamá-lo de Riograndenser Hunsrückisch.

Sabe aquelas pessoas do sul que aparecem em vídeos e na televisão falando português com um sotaque de outra língua e uma entonação diferente, mas que obviamente não são estrangeiros? Pois bem, há uma boa chance de que sejam brasileiros cuja primeira língua não é o português.

No entanto, vale notar que muitos que aprenderam alemão desde o berço não têm sotaque carregado, sabendo falar a língua nacional tão bem quanto qualquer outra pessoa.

Detalhe: Muita gente prefere nem contar que o português não é sua língua materna para evitar lidar com o monte de perguntas chatas que inevitavelmente aparecem logo em seguida…

Halt eich immer schön munter unn gesund!
Fiquem com saúde e sempre animados!

– Paul Beppler

Kaki

Schöne gon Tooch, meine liewe Leit!!!
Heit tun ich mol enbissche ‘was üwich en Sort Obst schreiwe.

Wear kennt das Kaki net, mear all wisse was für en Obst das iss, ijo gell?! Jawohl, es gebt wennichschst zwooi Sorte davon, wo nächst jeder ene von uns schon emol gesiehn orrer ‘gess hot.Orange color, sweet fruit, native to Asia, introduced and cultivated in Brazil. ©️ Photo by Paul Peppler

Naja, wenn ma’ schnellche mit dem Google noh gucke tut, ei do tut ma’ dann ohne lang im Internetz doroom se wuhle, dass das en Obstboom iss, wo im Joahrgang 1890 earst im Land, genauer gesooht im Interior vom Bundesstoot São Paulo, ei rengebrung geb iss. En poor Johre Später, umherum 1920 mit der Oonfang von der Imigração Japonesa ao Brasil, do hätte dann die earste Inwannrer aus Schapong die Kultiewierung von der Obstboom weche ihrer echt bessre ‘Know How’, ei wie ma’ damit besser schaffe kann, die Produktion viel höcher getreibt wie voarhear.

©️ Photo by Paul Peppler

©️ Photo by Paul Peppler

©️ Photo by Paul Peppler

Heitztooch iss Rio Grande do Sul, nuar noh dem Bundesland São Paulo, der zwett grösst Produzent von Kaki im Land. In Bräsilje werre Kakis in Tonne jährlich geerndt, das iss schon en üwergrousse Haufe, wenn ma‘ sich emo richtich drüwer üwerleht.

Mear Derheem harre en Sort von Kaki, wo mear Schokoloodekaki genennt honn. Waroom das Wort Schokolood dren in seinem Noome? Es iss ja so, wenn die Kakis zeitich für se esse sinn, sinn se noch hart wenn ma’ ren in se besse tut. Wie ma’ ins Obst ren guckt, sieht ma’ so dunkle Linje, ähnlich wie schwarze Foosemcher … dodroom die Idee von Schokoloode. Die Varietät, wo mear harre, die Schokoloodekaki woor von der flach ausehiehnder Sort, ganz ähnlich wie die, wo ich fotografiert honn.

©️ Photo by Paul Peppler

Gebts Kaki in deiner Reschion?
Was für Sort Kaki tust du om liebst esse?
Schmecke se dear besser wenn se noch hart zum Biss sinn orrer tust du se liewer esse wenn se ganz reif unn wooich unn saftich sinn?

Loss uns dein Kommentar dodrüwer, kannst uns recht platt uff Deitsch orrer schonst ooch Bräsiljoonisch orrer Kastilhoonisch schreiwe, keh Problem, ei ‘s kann sin wies du ‘s willst … jawohl?!

Schöne Tooch noch unn bis bald!

— Paul

Orange color fruit, sweet tasting, native to East Asia, introduced and cultivated in Brazil.

Der wissenschaftliche Noome vom Kaki iss: “Diospyros kaki”.
In Portugal hesst der Kaki net “caqui” wie in Bräsilje awer:  “o dióspiro”. 
Uff Englisch hesst es: “the persimmon”, ei unn do fällt jo die Betonnung dann druff  uffdem “i”,  (‘s zwette Vokal im Wort).

Deitsch,
wie mear es spreche:

Willst du laustre, ei wie mear Deitsch verzähle?

Weihnachtsblume

Die Weihnachtsblume (wissenschaftlich, im Latinische: Scadoxus multiflorus)

Scadoxus multiflorus, en Blumestock uarspringlich aus Afrika.
Bildquell: Wikipedia, die freije Enzyklopädje Online (Internetz).

Hier iss en Transkription von en Gespräch, wo ich mit mein Modder üwer die Blum voarzeite hatt.

ICH: Bittschön, Mama, ich hätt noch en Froch für dich, bevoar ich das Telefon ufflehn. Wesst du, unser typische rot unn runde Weihnachtsblume, ijo gell?! Naja, könnscht du mear mol soohn, obst du die Blume schon gekennt host, ei voar siebtzich Johre zurück, wies du noch en klenes Mädche woorst? orrer woar das etwas, wost du nuar später in deiem Lewe, wolle ma’ soohn, wennst du schon mit dem Pappa geheiradt woorst, wie etwas neies unn “modernes” für se siehn kriest host, etwas, wo dann nuar später in unser Reschion, in das Neikolonie-Gebiet, renkomm iss?

MODDER: Neh, die Weihnachtsblume hommer jo schon immer gehat, seit die Zeite wie ich noch en klenes Kind woor. All die Leit bei uns harre jo die Blume schon domols. Naja, ich eh, ich honn die immer gekennt als Weihnachtsblum, gell?! Awer, das iss alles demnoh wie die Leit ooch der Noome gewe, gell?! Weil für die en Weihnachtsblum se sin, hot die en extra Tooch, wo die geplanz muss gewe, unn Wasser gewe, dann hots, tut se blühe uff der Weihnachtstooch.

Scadoxus multiflorus hier gebts meh Informatione üwer der Blumestock, also uff Hochdeitsch in der deitsche Wikipedia, die freie Enzyklopädje.

Scadoxus multiflorus unn dohie dann gebts jo weitre Informatione üwich der Stock, dasmol uff Bräsiljoonisch, mit Referenz zu unser Moddersproch, ganz om Enn von dem Artikel, in der portogääsische Version von der Wikipedia, die freie Enzyklopädje.