Das Wort für Heit
A palavra do dia

Wort für Heit / Palavra do dia

nohher
Vou escrever a pronúncia da palavra como se ela fosse um termo em português: nô-ha

Seu significado é: depois, mais tarde

O “er” ter o som de “a” no final de sobrenomes alemães no sul do Brasil é algo muito comum; e a maioria de vocês sabe que nomes como Becker tem duas pronúncias conhecidas por todo mundo das zonas bilíngues, mesmo por pessoas que não falam alemão – quer dizer, pode-se dizer “bê-ca”, que é a pronúncia antiga, tradicional, em alemão … e “bé-quêr”, que é a pronúncia do nome português. Mesma coisa com o sobrenome Beppler, em língua nacional é bé-plêr … em alemão é pê-pla.

nohher – compare-a com o termo equivalente em Hochdeitsch/no alemão-padrão: nachher – pronuncia do “ná-hêa”.

AINDA:
Agora que você sabe como se pronuncia nohher, saiba que esta palavra na verdade pode e às vezes de fato ganha uma segunda pronúncia no-hêa, onde a ênfase deixa de ser a primeira vogal, e sim cai em cima do “e” …

Estas duas pronúncias convivem, servem pra dar ênfase num diálogo e não tem regra fixa para seu uso; mas é algo mais intuitivo.

Exemplos:

Pergunta/Froch/Hochd.: Frage:
Kommst du nohher (pronunciado “nohhêa”)?
Você vem mais tarde?
Resposta/Antwort/Hochd.: idem, fica igual
Nohher (pronunciado “nôhha”) nee (pronunciado: “nêê”, dialeto para nein); awer Moie komm ich …
Mais tarde não; mas amanhã eu venho …

Immer nohher, nohher, nohher (pron. nôhha) …
Sempre depois, depois, depois …
Satts jawohl, ich tun das ijetzt mache …
Em vez de sim, eu farei isto agora …

Referência:
https://de.wiktionary.org/wiki/nachher

O gráfico abaixo não é uma página verdadeira do dicionário Wiktionary mas sim o que se chama no inglês de uma “mock page”, ou seja uma página temporária, não gravada, só pra servir de faz-de-conta … é como ela ficaria na nossa língua ….Screen Shot 2014-03-08 at 11.35.56 PM

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote von Amerika
am 8. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

INTERNATIONALER FROOHLEITSTOOCH!

Screen Shot 2014-03-08 at 3.33.20 AM

Feliz Dia Internacional da Mulher!!!
Schöne Internationaler Froohleitstooch!!!
Happy International Women’s Day!!!
MULHER normalmente se diz/escreve die FRAU, e no plural die FRAUEN, na lingua alemã … e todo mundo que fala dialetos alemães sabe disto. Mas quem só sabe o alemão padrão, e hoje em dia mais e mais pessoas não sabem mais dialetos, muitas vezes não entende as formas dialetais da sua língua. No nosso alemão-gaúcho RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH ‘geralmente’ se diz die FROOH para a MULHER, em algumas regiões é mais pronunciado para die FRAAH … Algo interessante é que no nosso dialeto construimos um plural para MULHER que praticamente é desconhecido pros/pras falantes do alemão padrão e mesmo de muitos outros dialetos … É assim: DIE FROOHLEIT (Leit é dialeto para Leute que significa gente, pessoas; então, só pra fazer uma comparação, seria como fazer o plural de mulher: pessoas-mulher em vez de mulherES no plural… Isto que eu acabei de explicar pra vocês é algo que milhares de brasileiros e brasileiras conhecem de berço, são particularidades linguísticas que fazem parte da identidade de por volta de um, dois, ou três milhões de indivíduos (não há dados precisos, só estimativas com base em dados secundários ou terciários). O Brasil não é um país monolíngue, existem muitas realidades linguísticas que geralmente correm em paralelo à língua nacional. Todas as línguas minoritárias de nosso país estão sofrendo de toda sorte de barbaridades e abandono. Mas as línguas autóctones ou indígenas são as que mais precisam de atenção pois elas geralmente tem um número total de falantes extremamente baixo e podem desaparecer praticamente de uma hora pra outra. O Brasil precisa de novas e atualizadas políticas linguísticas. A falta de compromisso com minorias de toda sorte e natureza reflete mal em nosso país, uma nação que congrega todos os povos do mundo devia estar mais ciente de todas as pedrinhas que formam seu mosaico cultural. Anos atrás se falava de um tipo nacional chamado pejorativamente de ‘ugly american’ – agora que o Brasil ficou rico, temo que não estamos longe de ganhar a nossa versão dessa destratada criatura. Se você por acaso precisar informações na área de política linguista, recomendo o IPOL-Instituto de Investigação e des em Política Linguística localizado em Florianópolis, Santa Catarina – Brasil.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote von Amerika
am 8. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Wie könnt ma unser reschionool Sproch zurückbringe?

Riograndenser Hunsrückisch weert noch von Millione von Mensche in unsrem Bundesstoot und gleichzeitich ooch in Nochbarschländer tächlich gesproch … Wie könnt ma unser reschionool Sproch ooch “restauriere” und wieder zurückbringe?

Screen Shot 2014-03-07 at 4.08.01 AM

Dohie hoon ma etwas intressantes … wo man in Santa Rosa (Stadt/Neikolonie Gebiet/Nordwest RGS Bundesland) en alt Mill wieder zurückbringt. Naja gut so – dozu tärr’Ich och soogn, ei unser reschionool Platt Sproch sollte mer ooch emoh oonfänge se “restauriere”, bevor das zu spät weert.

Und so, wie ma das mache tut, ei die Sproch soll per Munizipalität, por Reschion/Região gesiehn sin, net per ethnizität – und nämlich, jede ene wo in en solch bilinguale Platzt wohnt kann die reschionool Sproch für sich sellebst nehme, so müsse ma das mache, gloob ich.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 7. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Hand- und Reisebuch für Auswanderer und Reisende nach Amerika (1866)

Traugott Bromme's Hand- und Reisebuch für Auswanderer und Reisende nach Nord-, Mittel-, und Süd-Amerika - Bamberg - 1866 - 2014-03-07 at 1.31.44 AM

Oh weh, oh weh …
Härre die das norre gewust,
was alles se noch tärre mitmache …

Enfach hie ren gucke, do kamma das ganzen Buch (en Faksimile) lese:

Traugott Bromme’s Hand-,und Reisebuch für Auswanderer und Reisende nach Nord-, Mittel-, und Süd-Amerika. Bamberg (1866).

Sonscht, wenns dir gleich do uwe net richtich geht für das Buch kriehn füs se lese, dann probier’s Mol dohier, in der Beyrische StaatBibliothek Digital.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 7. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

DIE PFALZ, PFÄLZISCH UND
“DE KLÄNE PRINZ” …

Existe toda uma tradição de se produzir literatura regional em dialetos na Europa de língua alemã … e nesta mesma linha também de se criar versões dialetais de obras universalmente traduzidas e celebradas. No caso de nosso dialeto alemão riograndense, no Riograndenser Hunsrückisch já possuimos alguns escritos nesse sentido; mas sim estamos começando a desenvolver uma produção literária e um leitorado correspondente com um tremendo potencial.

Screen Shot 2014-03-05 at 1.41.59 PM

“O Palatinado” é a região chamada “die Pfalz” em alemão; e lá se falam dialetos que em conjunto ganham o nome de Pfälzisch, aliás mui parecido com o nosso Riograndenser Hunsrückisch – sendo que este, vendo pelo seu nome, revela ligação à região montanhosa (montes pré-alpinos), die Mittelgebirge, do Hunsrück – onde se falam dialetos diversos, dependendo do povoado, da cidadezinha … só que lá o dialeto “Hunsrücker Platt” é uma identificação dialetal que muitas vezes recede para descrições de dialeto mais reconhecíveis, que são Moselfränkisch e Rheinfränkisch (ambos Rhein/Reno e Mosel/Mosela são referências a rios da região) mas Fränkisch no caso em português frâncico (ou francônio como Fränkisch muitas vezes é traduzido, corretamente ou não, no caso nem importa). O nosso dialeto Riograndenser Hunsrückisch divide com outras variantes dialetais da mesma sepa em vários detalhes, um deles é a inexitência autóctone dos sons/da escrita “pf” – então, por exemplo, no noroeste do Rio Grande do Sul, bem como na zona da Altkolonie, a gente diz: as ameixa = die Flaume; não como no alemão-padrão: die Pflaume. Portanto, no próprio dialeto Pfälzisch as pessoas falantes dessa variedade do alemão chamam-no de Pälzisch. Nas últimas décadas o alemão-padrão teve uma fortíssima nos dialetos, sendo que falantes dos regionalismos muitas vezes nem estão conscientes de que aquele erre gutural tão famoso do alemão padrão não fazia parte de sua língua materna até quarenta ou cinquenta anos atrás. Mas falando em mudanças, a idéia de que o alemão falado no Brasil parou no tempo é, vamos dizer, inconsistente com os fatos pois o Riograndenser Hunsrückisch em sí é único, ele nunca existiu na Alemanha, nem duzentos anos atrás, nem cem anos atrás, muito menos hoje. Quer dizer ele é o resultado de mundanças e ajustes constantes … tanto que, mesmo com parcos textos produzidos em Riograndenser Hunsrückisch no decorrer de sua história já é possível identificar um Riograndenser Hunsrück antigo e um moderno.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 7. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Der Abschied in Riograndenser Hunsrückisch

En Adaptierung von Rottmann Peterschs (aus Simmern, im Hunsrück, Deitschland) 19. Joahrhunnert öftersch erwähtes Gedicht “Der Abschied”, hie geschaft von Beppler Paul ens Riograndenser Hunsrückisch am 6. März 2014:

Screen Shot 2014-03-06 at 4.45.29 PM

Der Abschied.

En Parodie uff “Hektoar sein Abschied” von Schiller.

Lisekett.[1]
Willst du, Hannes, noh Brasilie ziehe,
Wo dich Schlange und die Affe kriehe?
Ach, dann sterbt gewiss dein Lisekett!
Wear soll mich dann bei die Spiele fehre,
Wann ich jetzt meine Kerl Verliehre?
Geh! Ich wollt, dass dich der Deiwel hätt!

[4]
Tobich Mensch! Was brauchste so se brille?
Dass ist doch ehmol annerscht net mei Wille,
Und ich honn dir’s schon lang gesooht:
Wann net so viele anner Leit prowiere,
Kann ich ooch; ich hoon Nix se verliere,
Wie en’m Annre ‘s geht, so gehts mir grood.

Lisekett.
Jetzt höre ich dich Moints net meh blose,
Ohne Hert und Herter sin die Ochse,
Die dein Uraltvater schon hot gehert;
Wo du hingehst, brauch mer net schaffe,
Kann der Kaffii mit der Hänner räffe;
Geh, du Wüschter bist net meh gut!

Hannes.
Lisekett, wie kannst du nuar so schwetze?
Losst du dich von wüschte Leit verhetze?
Kennst du mich dann noch net besser, säh?!
Sei zefriede! Wann ich brav Karline [viel Kontos de Réis?]
Loorde[uffloode? uffpacke/uffpagge?] in dem neie Land verdiene,
Komm ich wieder, und du gebts* mei Frooh.

*Hier, wie mir heitstooch Riograndenser Hunsrückisch verzähle, benutzt man “gewe”/”gebe” (Hochdeitsch: “geben”) statts “werden”, wie das in Hochdeitsch sin soll.

Näwesächlich, etwas wo ich speziell intressant finne in dem Gedicht, sind die Lisekett ehre Linie dohie:

“Jetzt höre ich dich Moints net meh blose,
Ohne Hert und Herter sin die Ochse,
Die dein Uraltvater schon hot gehert;”

Vielleicht kann man besser verstehn was das Mäd do im Gedicht säht, wie man den Film unne schaue tut – bittschön sieh den Link gleich do unne – üwich den Kuhhund, en oorweitstier … und sein historische Rolle in Viehzucht, im Südwest von Deitschland.

DER KUHHUND – En Hunsrück-TV Produktion von Oscar Echegaray Robles für der Förderverein für den Westerwälder & Siegerländer Kuhhund e.V.

Screen Shot 2014-03-06 at 10.48.58 PM

Hier gebts noch en Bissche mehr üwich de Kuhhund für se lese (uff Hochdeitsch):
WIKIPEDIA: Der Westerwälder- und Siegerländer Kuhhund

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 6. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

DER ABSCHIED
DAS ATEES
O ADEUS …

AKADEMISCHER MOOLER aus dem 19. Joahrhunnerte deitschsprächiche Raum
En BLOG zu besuche:
kunst kommt von können

Screen Shot 2014-03-05 at 9.21.18 AM
Gemälde von Carl Wilhelm Hübner:
Die Auswandrer ehre Abschied von ehrer Heimat (1846).

Der Abschied (Rottmann)

Textdaten
Autor: Peter Joseph Rottmann
Titel: Der Abschied
aus: Gedichte in Hunsrücker Mundart. S. 3-4
Auflage: 4. vermehrte Auflage
Erscheinungsdatum: 1874
Verlag: R. Voigtländer
Erscheinungsort: Kreuznach
Quelle: Scans auf Commons
Kurzbeschreibung: Gedicht in Hunsrücker Mundart über die Auswanderung nach Brasilien
Erstausgabe 1840
Bearbeitungsstand
fertig
Fertig! Dieser Text wurde zweimal anhand der Quelle
Korrektur gelesen. Die Schreibweise folgt dem Originaltext.

Screen Shot 2014-03-05 at 8.24.28 AM

[3] Der Abschied.

Parodie auf „Hektors Abschied“ v. Schiller.

Liesekett.[1]

Willst Dau, Hannes, noh Bresilje ziehe,
Wo Deich Schlange unn die Affe kriehe?
Ach, dann stehrbt gewiß Dei Liesekett!
Wer sall[2] meich dann bei die Spielleit[3] fehre,
5Wann eich naunder meine Kerl[4] verleere?

Geh, eich wullt, datt Deich der Deiwel[5] hätt?

[4] Hannes.

Tobich Mensch![6] watt brauchste so se brille?[7]
’diß nau ähmol annerscht nitt mei Wille,
Unn eich honn[8] Der’t jo schunn lang gesaht:
10 Wannet so viel Annerleit[9] broweere,[10]

Kann eich’t aag;[11] eich honn Neist se verleere,[12]
Wie’t em Ann’re geht, so geht meer’t grad.

Liesekett.

Nau heer[13] eich Deich Moorjets[14] nit meh bloose,[15]
Ohne Heert[16] unn Hierer[17] sinn die Oose,[18]
15 Die Dei Ohrallvatter[19] schunn[20] gehuth;[21]

Wo Dau hingehst, brauch m’r Neist se schaffe,
Kann de Kaffi mit de Hänne[22] raffe;
Geh, Dau Wieschder[23] bist m’r nit meh gut!

Hannes.

Liesekett, wie kannst Dau nor so schwetze?
20 Lißt[24] de Deich vunn wieschde Leit verhetze?

Kennst Dau meich dann noch nitt besser, sah?!
Sei sefriere![25] wann eich brav[26] Karline
Loorde[27] in dem naue Lann[28] verdiene,
Kumm eich wierer, unn Dau gist[29] mei Fraa.[30]

Hochspringen ↑ 01 Elisabetha Katharina.
Hochspringen ↑ 02 soll, wird.
Hochspringen ↑ 03 zum Tanze.
Hochspringen ↑ 04 Liebhaber.
Hochspringen ↑ 05 Teufel.
Hochspringen ↑ 06 dummes Mädchen.
Hochspringen ↑ 07 wofür das Weinen.
Hochspringen ↑ 08 habe.
Hochspringen ↑ 09 andere Leute.
Hochspringen ↑ 10 probieren.
Hochspringen ↑ 11 kann ich es auch.
Hochspringen ↑ 12 verlieren.
Hochspringen ↑ 13 höre.
Hochspringen ↑ 14 Morgens.
Hochspringen ↑ 15 blasen beim Viehaustreiben.
Hochspringen ↑ 16 Hirt.
Hochspringen ↑ 17 Hüter.
Hochspringen ↑ 18 Ochsen.
Hochspringen ↑ 19 Urgroßvater.
Hochspringen ↑ 20 schon.
Hochspringen ↑ 21 gehütet.
Hochspringen ↑ 22 Händen.
Hochspringen ↑ 23 Wüster, Unartiger.
Hochspringen ↑ 24 läßt.
Hochspringen ↑ 25 zufrieden.
Hochspringen ↑ 26 viel.
Hochspringen ↑ 27 dort.
Hochspringen ↑ 28 im neuen Lande.
Hochspringen ↑ 29 wirst.
Hochspringen ↑ 30 Frau.

Screen Shot 2014-03-05 at 10.01.43 AM

Hektorlied

Hektor sein Abschied von Andromache, Gemälde von Johann Heinrich Wilhelm Tischbein.

Hektor sein Abschied ist en Gedicht von Friedrich Schiller. Das weard in Schillers Räiber von Amalia von Edelreich in der 2. Szene von der 2. Akt gesung. Karl [Koorl] Moor, wo sich als Groof von Brand ausgebt, woard von seiner Geliebte Amalia, wo ihn für tot hält, noch net erkannt, als Amalia das Hektorlied oonstimmt.

Inhaltlich geht das im Gedicht um en klassisch Abschiedsszene – aus der Homer sein Ilias [selder ooch: die Illiade genännt, wie in Brasilioonisch, im Singular: A Ilíada], do dren, die Trojaner sein Vorkämper, der Held Hektor, sich zu seinem voraussehbar letzte Kampf von seiner Frooh Andromache trenne muss. Motivisch weard damit gleichzeitich die Tief von das Gefühl wo beide Singende für enanner betont.

Von Schiller meahrfach üweroorweitet, woard die Lied dann zu enem seiner berühmtesten Gedichte: Hektors Abschied (ooch als: Hektor und Andromache noch in: Gedichte, 1800). Schiller hot die „eins meiner besten“ genännt (Sieh Quell: Brief an Körner, 27. Mai 1793).[1]

Screen Shot 2014-03-05 at 9.59.30 AM

Andromache

Will sich Hektor ewig von mir wenden,
Wo Achill mit den unnahbarn Händen
Dem Patroklus schrecklich Opfer bringt?
Wer wird künftig deinen Kleinen lehren
Speere werfen und die Götter ehren,
Wenn der finstre Orkus dich verschlingt?

Hektor

Teures Weib, gebiete deinen Tränen,
Nach der Feldschlacht ist mein feurig Sehnen,
Diese Arme schützen Pergamus.
Kämpfend für den heilgen Herd der Götter
Fall ich, und des Vaterlandes Retter
Steig ich nieder zu dem stygschen Fluß.

Andromache

Nimmer lausch ich deiner Waffen Schalle,
Müßig liegt dein Eisen in der Halle,
Priams großer Heldenstamm verdirbt.
Du wirst hingehn, wo kein Tag mehr scheinet,
Der Cocytus durch die Wüsten weinet,
Deine Liebe in dem Lethe stirbt.

Hektor

All mein Sehnen will ich, all mein Denken
In des Lethe stillen Strom versenken,
Aber meine Liebe nicht.
Horch! der Wilde tobt schon an den Mauern,
Gürte mir das Schwert um, laß das Trauern,
Hektors Liebe stirbt im Lethe nicht.

Quellen
Hochspringen ↑ vgl. [1] Brief Schillers an Körner, 27. Mai 1793 im Friedrich Schiller Archiv
WIKIPEDIA – Die freie Enzyklopädie

FRANZ SCHUBERT
duetten / Duetos
HEKTORS ABSCHIED

Screen Shot 2014-03-05 at 10.17.45 AM

Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
5. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Blumegoorde / Blumengarten
Alegrete de flores

“Waroom in die Fern schwänzle [schweife]*? Sieh, das Gute leiht so näh! Als ob Johann von Goethe das gewusst hätt! Goordeenthusiaste müsse net unbedingt bis England reise, um sich von den dortiche Goordelandschafte verzaubre losse und die ene orrer annre Oonrechung für das heimisch Blumebeet zu hole.” -Meine Adaptation ins Rgr. Hunsrückische von den Pararagraph gleich do unne:

05.03.2014 · Gartenenthusiasten müssen nicht unbedingt nach England reisen, um sich von Blumenlandschaften verzaubern zu lassen. Auch vor der eigenen Haustür gibt es reichlich Anregungen für das heimische Beet. -Von Ina Sperl

*Schweif = Schwanz = cauda, rabo … no caso, como verbo, significa fazer fila para ir passear noutros rincões en vez de ver o que tem por perto, em “casa” …

Screen Shot 2014-03-05 at 7.16.09 AM
Notas:
O termo Beet (aliás igual no inglês, mas sendo um substantivo, fica em maiúscula!) significa Rotriebe, nosso nome regional para beterraba (assim como falamos Gellebriebe em vez de Karote para cenoura) … podendo Beet também funcionar como canteiro ou alegrete de flores – especialmente quando acoplado com Blume-, que no caso a gente diz Blumebeet no singular e Blumebeete no plural – e você pode confirmar esse uso no dicionário de Pfälzisch (Para tal, entre nesta http://woerterbuchnetz.de/ central de dicioários com o termo em Hochdeitsch e cheque no dicionário de Pfälzisch quais são as possibilidades de pronúncia por região (o dicionário também cita o uso histórico de certos termos). Geralmente vejo alí representado o nosso jeito de falar, às vezes com minima variação … mas, dito isto, devo comentear, por alguma razão o Pfälzisch ao ouvido, falado, parace ser perceptivamente diferente de nosso sotaque tipicamente suave do Riograndenser Hunsrückisch – ainda, o próprio Hunsrücker Platt, falado logo pegado ao Pfalz, tem um sotaque que a nós milhares de falantes da variedade gaúcha de seu alemão regional inicialmente têm dificuldades de compreensão (digo inicialmente pois a gente tende a acostumar o ouvido rapidinho ao longo de uma exposição mais prolongada) – mas note que eu apontei maior a difença na língua falada do que na escrita. A língua alemã historicamente e por força cultural, por natureza, se manifesta vamos dizer de dentro pra fora, primeiro a identidade local, depois e consequentemente do estado, depois da nação (houve transplante, te é reconhecível esta visão de mundo/Weltanschauung?!?!?) – e daí a profusão de falares, com cada vilarejo tendo seu dialeto … a identidade cultural do brasileiro e do estado-unidense é por natureza diferente, a pessoa destes países primeiro se identifica como elemento nacional, depois de sua região, e bem em terceiro lugar como cidadão de sua vila ou cidadezinha, ou bairro … com algumas exceções.

Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
5. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

SPRECH DEIN SPROCH!!!

Screen Shot 2014-03-04 at 4.01.41 PM

“Procure ‘lidar’ com coisas que você não pode mudar”.
(Incidentalmente ou como se diz no alemão-padrão nebensächlich e no dialeto newesächlich, note que diferentemente do alemão e do inglês, no português a gente tende pela colocação do ponto final fora das aspinhas).

No Hochdeutsch/Hochdeitsch/alemão-padrão:

“Versuche dich mit Sachen abzufinden, die du nicht ändern kannst.”

E no nosso dialeto RIOGRANDENSER HUSNRÜCKISCH:

“Versuch dich mit Sache ‘abzufinne’, wo du net ännre kannst.”

Digo no “Riograndenser Hunsrückisch” de propósito … mas ao dar nome a minha língua regional, eu não estou dizendo que não existem outras variantes dialetais parecidas … que nelas não se diga isto ou aqui igual ou parecido como nós falamos – Ara, mas e pq estou mencionando isso? É porque tem uma pessoa que não concorda que eu chame o nosso dialeto de “riogradense” e já falou insistentemente isso em público mais de uma vez; só que não estou sozinho nesta, nem fui eu que criei este nome da nossa língua regional alemão; e isto está fartamente documentado, inclusive no mundo acadêmico. Ora, seria você ir na França alemã e reclamar que eles chamam seu dialeto de Lothingisch (Lotringen é a região na França onde se fala o mesmo dialeto falado na região vizinha, fronteiriça do Hunsrück, no sudoeste da Alemanha. A realidade é que nos últimos duzentos anos uma cultura teuto-gaúcha se desenvolveu, e ela tem todo um dialeto alemão que a acompanha (entre a zona antiga de colonização e a nova … tanto que há levas de imigrantes que cruzaram o rio Uruguai e há gerações vivem na vizinha Argentina, até hoje se identificam como Deitschbrasiliooner, e entre eles/as muitos/as ainda falam o essencialente o nosso alemão, uma língua germânica típica do RGS, onde até hoje estima-se um bom quarto dos/as habitantes do estado falem esta língua em algum nível de fluência [o bilingualismo praticamente esconde esta realidade linguística da vida pública] , uma língua que se desenvolveu neste estado no decorrer dos anos, sendo o maior conglomerado de falantes de alemão em termos de número total em todo o Brasil e na Bacia do Prata. Além disto, como parte da expansão das Colônias Velhas (geralmente no plural em português) do leste gaúcho, chamada de die Altkolonie (geralmente no singular no dialeto) no Riograndenser Hunsrückisch, para as Colônias Novas, die Neikolonie, ou seja para o Noroeste do RGS … pois bem, esta expansão adentrou o Oeste catarinense, e alí, mesmo sendo Santa Catarina, fala-se o RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH, assim como nas províncias vizinhas da Argentina, por exemplo Misiones, onde se fala o RIOGRANDENSER HUSNRüCKISCH … Anos depos, toda aquela alemoada da NEIKOLONIE que se mudou para o Oeste do Paraná, como eu mesmo tenho tios, tias, primos e primas lá (assm como tenho na migração para a Argentina), você chega numa comunidade dessas, digamos lá por TOLEDO no Paraná, o dialeto alemão alí falado é RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH. Dito isto, sim tem lugares onde pessoas do Hunsrück redondezas se assentaram no Brasil e preservaram a língua, notóriamente na costa atlântica catarinense, com em Biguaçú, SC (pode procurar no Youtbe e escutar as conversas em alemão Hunsrückisch, é uma língua aparentada à variedade gaúcha mas já bem diferente … isto é óbvio para qualquer leigo, muito mais para alguém que estuda dialetos, linguística, enfim; igualmente temos falates de alemão Hunsrückisch no Espírito Santo). No caso, por prescitivismo e ideologia étnica querer unificar tudo numa língua só eu considero uma empreitada falha. MAS dito isto, não quer dizer que não se produza eventualemten um dicionário vamos dizer que contenha todas as variantes de uma palavra, seja ela de Lothingen/Lorena na França, no Palatinado/Pfalz, na Pensilvânia, em SC, Paraná, Misiones, RGS … então um dicionário farto e cobrindo tudo seria o ideal e de fato há tecnologia para se produzir algo assim hoje em dia com muito maior facilidade que anos atrás. também, igualmente, precisamos de uma gramática compreensiva e comparada, isto é uma coisa que PRECISAMOS ASSIM URGENTEMENTE … e sim eu creio que o Ministério da Cultura do Brasil, e a Secretaria do Estado do RGS deviam puxar o carro e fazer isto acontecer…
Pois bem, como expliquei em outra ocasião, é muito interessante pois existe um tipo dum paralelo na América do Norte, onde nos Estados Unidos, se denvolveu um dialeto alemão que ganha vários nomes, entre nomes diferentes no dialeto bem como no inglês, mas basicamente é o Pennsylvanisch Deitsch … quer dizer, o nome do estado da Pennsylvania é utilizado para se nomear esta língua, pois alí historicamente se concentrou o maior número de falantes. Mas essa língua é falada em vários outros estados, em alguns deles sendo um regionalismo histórico forte … e é falado inclusive no Canadá, mais ao norte. Além disto, outra similaridade com a nossa língua alemã é que o Pennsylvania Deitsch tem suas origem, suas raízes linguísticas no Palatinado, chamado de die Pfalz no alemão padrão (e nem muito sabido na Alemanha, no dialeto daquela região, se diz Palz, pois não tem o PF comum no Hochdeutsch, então eles mesmo chamam seu dialeto de Pälzisch em vez de Pfälzisch); bom o Palatinado fica do lado do Hunsrück e no caso do nosso RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH, o termo Hunsrückisch ficou privilegiado quando na verdade as raízes linguísticas talvez seja até mais fortes no Palatinado do que no Husnrück em si. Mas enfim, então temos também esta similaridade com o dialeto falado na América do Norte – e notem que ele existiu aqui no norte já desde BEM ANTES do início de nossa língua no RGS em 1824… MAS uma das grandes diferenças entre a nossa alemoada e a alemoada daqui, é que aqui a língua ficou preservada por tanto tempo meio que artificialmente, ou seja, foi por causa de crenças religiosas, basicamente de seitas que por um lado pregavam a necessidade de ler as chamadas Escrituras Sagradas em alemão, enquanto se mantinham apartados da sociedade americana em geral pois caracteristicamente se exquivaram de utilizar máquinas agrícolas, e teconologia em geral, optando religiosamente por uma vida simples no campo ou em povoados … Tanto que no decorrer dos anos que tenho morado nos EUA, muitas pessoas daqui ao descobrirem que eu falo alemão, pensam que minha gente são membros de alguma seita cristã obscura, ou dos Menonitas, Amisch ou sei lá … Então, nem no resto do Brasil, muito menos no exterior, as pessoas entendem que a língua alemã faz parte do histórico de desenvolvimento de zonas inteiras do sul do Brasil, que a língua corrente regional desde tempos pioneiros era uma variantes própria, que chegou a se impôr além das fronteiras do estado, mas isto de forma natural e orgânica, simplesmente pois como o RGS tem uma cultura teuta sua, naturalmetne houve expansão desta pois contrário do que reza o estereótipo, nós teuto-riograndenses não somos gente fechada, isolada, paradas e cimentadas no tempo … Veja bem, uma teoria que se houve muito seria que nossa língua não é mais falada na Alemanha, que ela é um alemão regional de duzentos anos atrás… meu deus, ficaram doidos?!?!?! por um lado me dizem que a minha língua materna nem alemão não é – implicando que tem palavras demais em português misturado nela – tudo bem, isto é um fato e eu o vejo com a maior naturalidade .. . mas parem de fazer listas de palavrase publicar elas dizendo nós falamos Fakong que não é nem alemão e nem português, com um tom depreciativo. Ora, nós conhecemo o termo Messer, mas o facão é um tipo bem brasileiro de Grossmesser … Claro, sim temos termos incorporados à nosso falar germânico que nem sabemos mais como se diz num alemão sem influência da lígua nacional – um exemplo é como nesta frase: Ich hoon viele Primos im Paranoo (Paraná como nós falamos, se fosse grafar com o português nosso nome alemão para este estado, isto ficaria assim: Paranó) = Tenho muitos primos no Paraná. Mesmo nesses casos, que têm muitos como as palavras primo e prima, muitas vezes há uma explicação plausível para isso, tipo em certos casos não havia um só termo generalizado para tal palavra na Alemanha anos atrás; ou no caso de Vô e Vó = Opa e Oma, que na minha região de origem no Noroeste do RGS não se conhecia no nosso dialeto regional … mas fui pesquisar e descobri que essa palavras só ficaram conhecidas universalmetne uns cem anos atráss na língua alemã (e fora dela também, pois praticamente todo mundo nos EUA sabe que são temos afetivos pra vovô e vovó – Mas aí chego eu aqui anos atrás, falo alemão, e os americanos confusos ao notarem que eu nem tinha noção o que significava Oma e Opa; inclusive foi engraçado que perguntei uma irmã minha que hoje mora em SC, e minha mãe que atualmente também mora lá, o que elas achavam que significava Oma e Opa, e ambas me disseram, separadamente, que ORA BOLAS, TODO MUNDO SABE QUE ISSO É ITALIANO PRA VÔ E VÓ, ha ha ha …).
A coisa importante pra se manter em mente é que nós temos um regionalismo linguístico próprio. Ele sofreu toda sorte de intempéries consequentemente está em perigo de extinção. Vocês mesmo devem conhecer famílias onde nenhuma das crianças e dos/as membros da família mais jovens fala mais nossa língua. Isso é uma grande tragédia. Antigamente, dentro de um conceito totalmente antidemocrático e elitista, imperava uma ideologia política na qual a pessoa devia ter somente uma língua -exeto a elite; e dentro daquela narrativa totalitária e desumana, quem cultuava uma língua menor estava praticamente impedido de progredir na sociedade maior (enquanto o Estado Brasileiro nos proibiu de falar nossa língua em público e em privado, fechando escolas, queimando livros em praças públicas … E DEPOIS IMPEDINDO ESCOLAS A ENSINAR NOSSA LÍNGUA ATÉ ESTARMOS CRESCIDOS PARA FAZER-NOS ANALFABETOS EM NOSSO IDIOMA MATERNO … as elites enviavam seus filhos e filhas para estudar a nossa língua na Alemanha e Suíça – SEJA UM MENSCH E PERMITA-TE A SENTIR INDIGNAÇÃO, EM NOME DE NOSSOS ANTEPASSADOS, que no fundo somos pagãos ainda, e o culto aos antepassados está em nós ainda … MAS UTILIZE ESTA REVOLTA POSITIVAMNETE, utilize-a de forma construtiva!!!!!).

Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
4. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

Mein Dialekt in Schrift …

Screen Shot 2014-03-02 at 12.23.19 PM

Está escrito na manchete abaixo:

“Blauer Himmel und gaaaanz viel Sonn!”

Note que como no Hochdeitsch se diz/escreve Sonne, a gente escreve Sonn com dois “nn”s no dialeto … pois a palavra filho = Sohn soa bastante parecido.

Leia muito em Hochdeitsch e vá sempre adequando o alemão-padrão ao dialeto.

Uma das características fortes de nosso dialeto é fazer a letra G muitas vezes, mas não sempre, soar como se fosse um “ch”, como em Ich = Eu. Portanto, incorpore esse aspecto peculiar do dialeto na na hora de escrever ele. Vamos ver um exemplo: Abaixo aparece o termo aufwändig (se você for ver no dicionário DUDEN este termo muitas vezes é, alternativamente, escrito aufwEndig, ou seja com “e” em vez de “ä”; e seu significado tem a ver com fantasias carnavalescas, podendo significar luxurioso, expansivo, exagerado … Bom, auf nós sabemos que no Riograndenser Hunsrückisch sempre sai como uff + wendig, sendo que o “g” soa forte como um “ch” em Ich; e sendo que “nd” e “nt” via regra irão ser nivelados para dois “nn”s (como crianças = Kinder que fica “Kinner”); e logo o termo do Hochdeitsch aufwendig fica uffwennich. Tudo isto que eu acabei de explicar para vocês aqui, logo acima, tudo isto se aplica a muitíssimas palavras que tem o mesmo perfil, ou partes parecidas. Mas lembre-se, por foça e uso, de tradição, de costume, certas palavras escapam dessa adequação dialetal, ficando via regra em Hochdeitsch. Também, dependendo da região, as pessoas ambas as formas, tanto a dialetal com a do alemão-padrão no seu dia-a-dia, por exemplo, tem lugares no sul onde se fala tanto Frooh para mulher como, de vez em quando, dependendo de vários fatores, ouve-se também Frau, como no Hochdeitsch… isso acontece muito, na verdade, com palavras contendo “ei’, por exemplo na minha região do noroeste do RGS a gente fala com naturalidade tanto Schwidichket como Schwindichkeit (é SchwindiGkeit no Hochdeitsch). Mas aqui aproveito para entrar noutro assunto … só pra vocês se conscientizarem da dimensão humana, e traumatizada da língua que sofreu perseguição, rechaço sistematizado em nosso país … tem gente que tenta falar melhor com você se você absolutamente não faz parte de seu dia-a-dia, dizendo Frau pois acha que Frooh é feio, incorreto, vulgo, errado, ruim … e se você confrontar essa pessoa, dizendo ah mas vocês às vezes pronunciam Frooh, né?! não fique surpreso e nem estarrecido se a pessoa negar, dizendo que não, que só se diz “Frau”. A bem da verdade, na pópria Alemanha sempre houve muito elitismo e depreciação em relação aos seus grandes e históricos dialetos (de certa forma isto está mudando*), dialetos-tronco que remetem a tempos remotos … sendo uns vistos pela opinião pública do povo alemão como ou como imcompreensíve, ou engraçado e curioso, ou estranho e até feio … só pra se ter uma idéia, o dialeto bávaro, bairisch, é visto geralmente com bons olhos; já o saxônio – Sächsisch, é outra a percepção. Mas uma coisa que você irá notar é que o Hunsrücker Platt (platt aqui no sentido restrito de dialeto, não como forma curta do nome do(s) dialeto(s) bem do norte geograficamente plano da Alemanha chamado de Plattdeutsch e/ou de Niederdeutsch). É como se a gente tivesse imigrado do RGS e nos referíssemos ao nosso dialeto como Serrano em vez de Gauchês, ou de Pampeano em vez de Riograndense… O nosso dialeto Riograndenser Hunsrückisch tem suas bases mais fortes na região do Hunsrück, também no Palatinado = Pfalz (que no dialeto se diz Palz pois não tem o “pf” tão típico do Hochdeitsch), também no Hesse, no estado Sarre/Saarland … mas aí se tratando dessa região como um todo, fala-se em termos de Fränkisch, que engloba um Hunsrücker Platt dividido em Moselfränkisch e Rheinfränkisch, este último teve influência mais forte no Riograndenser Hunsrückisch … neste último de diz Das, no Moselfränkisch Dat, no Rheifränkisch se diz Was? e no Moselfränkisch isto fica Wat? … ich no Rheinfränkisch é Ich, igual no Hochdeitsch, mas no francônio moselano fica ‘Eisch” … Quanto mais crescer o número de textos produzidos em Riograndenser Hunsrückisch mais irá organicamente se consolidar um padrão de grafia de nossa língua. Portanto, a pessoa irá escrever Ich mesmo que em casa ela pronucie isso mais para o lado de “Eisch”, “Eich”, ou “Ech” … Por isto eu optei decididamente por registrar na escrita a forte pronúncia do “ó” em vez de “a” em muitas palavras, por exemplo escrevendo Tooch para dia em vez de Taach, Tach, ou Tag – e eu escrevo “oo” em vez de “ó” (acentuação da grafia portuguesa) para ficar com/dentro da língua germânica. Um aspecto mui importante dessa opção de grafar nossa língua é que a gente deve primar pelo contato com outras tradições escritas da língua alemã, seja com ficando o mais próximo possível da grafia do Hochdeitsch como também de outros dialetos… em essência, um alhilhamento e uma isolação ainda maior do resto do corpo linguístico simplesmente não irá funcionar a favor da preservação e fortalecimento de nossa língua – bem ao contrário. E enfim, isso tudo são somente códigos, coisas que a gente tem que aprender de qualquer jeito. Além do mais, buscando uma forma exageradamente simples de escrever nossa língua pode estar perpetuando um estereótipo negativo, isto é, que nós somos pessoas de certa forma inferiores, i.e. com uma capacidade raza de aprendizado … uma noção totalmente falsa, resultado de preconceito e não de fatos – mas um preconceito internalizado por muitos/as falantes do nosso alemão riograndense.
*Em muitas regiões de fala alemã da Europa, seja na Alemanha, seja na Suíça, em muitas associações de pais e mestres discutem abertamente o fator dialeto em suas reuniões … em muitos casos opta-se decididamente pelo bilinguismo alemão dialetal – alemão padrão; quer dizer, os pais, as mães, não querem que o dialeto fique incógnito, invisível, e até mesmo algo a “ser superado” pelas crianças … que este tipo de mentalidade, francamente, é mais e mais visto como retrógrado. Claro pois o bilinguismo deve sim começar em casa, valorizando o que a região tem com unicamente e singularmente seu; neste contexto o bilinguismo permite estudantes mais tarde, ou mesmo simultaneamente, aprenderem um terceiro idioma com muito mais facilidade; aliás, contrariando argumentos não empíricos de que criança não tem a capacidade mental de aprender mais do que uma língua de pequena; mas sim, são argumentos fundamentados em políticas hegemônicas de controle populacional e que não levam em conta os melhores interesses da pessoa, do ser humano.

Sonnenschein und Karneval!

Blauer Himmel und gaaaanz viel Sonne! Superwetter für die Kölner, die heute mit ihren Schulen und Vereinen in aufwändig selbst gebastelten Kostümen auf der Strecke des Rosenmontagszuges durch die Stadt ziehen …Alaaf!

Hier gibt’s Bilder vom Schull- un Veedelszöch – und ab 12.20 Uhr gibt’s den ganzen Zug im Livestream bei WDR.de.

http://www1.wdr.de/themen/panorama/sp_karneval14/schullunveedelszoech102.html

Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
4. März 2014
Facebook: Paul Beppler
Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM