TYPISCH GIBTS KEN GENITIV FALL IM RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH

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In unsrem Riograndenser Hunsrückisch Dialekt, und damit meine ich in so en normooler tächliche Gesprecht, ei do gibts KEN GENITIV FALL, awer man benutzt VON + DATIV).

Normalmente inexiste o caso gramatical genitivo possessivo no nosso dialeto, salvo alguns casos cristalizados e aparte de uma utilização fluente desta construção gramatical. Portanto não se ouve muito as pessoas falar, por exemplo: … des Mannes = do homem, … der Männer = dos homens; da mulher = der Frau/Frooh no dialeto, das mulheres = der Frauen/mas o plural para Frauen no dialeto é algo único a ele pois se diz die Froohleit.

EM LUGAR DO GENITIVO EM NOSSO DIALETO nós utilizamos “VON” (= “de”) mais o DATIVO – Por exemplo, então: des Mannes = von dem Mann; der Frau = von die Frau; des Präsidenten = von dem Präsident, etc.

MAS PRESTE BEM ATENÇÃO para NÃO chegar à CONCLUSÕES PRECIPITADAS – A FALTA DO CASO GENITIVO, O QUAL NÃO EXISTE TAMBÉM NO PORTUGUÊS, NÃO É INFLUÊNCIA DA LÍNGUA NACIONAL – como muitos pensam à primeira vista (e aí publicam isto em seus pareceres sobre a nossa língua, ajudando a perpetuar informações ruins sobre ela). Dito isto, nem vou entrar nos detalhes mas se você pesquisar irá compreender isto. Ninguém que eu saiba quer negar a influência do português em nosso idioma, mesmo em sua condição de língua minoritária, mesmo estando ela sofrendo de um rápido declínio nas últimas décadas … no entanto precisamos nos guiar pelos fatos, não por achismos.

Ja, das hesst dann, dass der Genitiv Fall von deitschsprechende Leit in Südbrasilien meeischtens unbekannt und/oder ungebraucht weert (wie das schon früher im Südwesten von Deitschland schon immer woar, ijo gell?!?!?). Naja, ijo, weche dem Kontext vons Gesprecht, die Leit tun das dann doch verstehn … wie se das von enem höre. Zum Beispiel, man säht dort net – wenichstens net öfterschs – die Leit unner sich so spreche: “Etwas, etwas … des Bundesstaates” oder ” … des Bundeslandes” – und jo, wie ich do grood geschrieb hoon, Ausnoome gibts schon – die sind dann was se sind, Ausnoome.

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Hier bei dem Link gibt es viele Bilder von Häiser in der Stadt Colinas, im Vale do Taquari oder Taquari-Tal uff Deitsch, in der Altkolonie Gebiet, im Osten von dem Bundesstoot Rio Grande do Sul.

Como estabelecer uma ponte entre o dialeto que é para a maioria de seus/suas falantes somente uma língua falada (ágrafo) e o alemão padrão, especificamente ao efetuar consultas a seus dicionários:

Entre linguistas experts, todo mundo concorda que o nosso dialeto alemão riograndense tem maiores chances de sobreviver se a gente passar a escrever nele. Com algum esforço, é possível qualquer pessoa que fala o dialeto, poder começar a escrever em sua língua regional. É sobretudo uma questão de hábito depender da língua nacional para qualquer coisa em forma escrita. Uma das maneiras mais imediatas de escrever o dialeto é utilizar a escrita do português para tal. Por exemplo, para grafar a frase “Que bonito!” a pessoa escreve “Ví chên”, “Víe xên”, “Víe schen”, etc. Uma super DICA para ajudar a pôr o dialeto falado em escrita é pensar nos sobrenomes de origem alemã que contém o som que você quer grafar. Por exemplo, você quer escrever “cortar” (mas cortar com uma tesoura…); bom, o som inicial é o mesmo na palavra portuguesa “xerife”, e também na palavra “cheio”, então pode escrever “cortar com tesoura” como “xêren” ou “chêren” – MAS, se você pensar bem, você já sabe escrever estes sons em alemão pois eles estão contidos nos seguintes sobrenomes que praticamente todo mundo do sul do país conhece: Scheeren, Scherer, Schaf, Schardong, etc.; portanto, para escrever a palavra dialetal para “cortar com tesoura” você escreve “scheren” – Viu como fica melhor do que grafar isto “xêren” ou “Chêren”? Ainda, o sistema de grafia do idioma português não ajuda na hora de se grafar muitos sons que não existem na nossa língua nacional; por exemplo, quando a gente diz “eu” no alemão, isso é grafado: “Ich”, esse som depois da vogal “i” não existe na língua nacional, e por isto você precisa aprender que ele é representado na escrita pela combinação de letras “ch”; e por isso quando você quiser escrever “perto” em dialeto, você escreve: “dicht”.

Note que com um pouco de persistência você irá aprender com desenvoltura e fluidez como se escreve, grafa, ou registra por escrito a maioria dos sons da língua. Uma vez superada esta fase inicial, você pode começar a escrever o que quiser no dialeto, e seus textos serão compreendidos … não importando detalhes, por exemplo, vamos dizer, se a palavra “bonito” deve convencionalmente ser escrita “schön” e você a grafa como “schen” (isso seria, comparavelmente, como escrever o português sem pôr acentos gráficos nas palavras).

Uma coisa é certa, o nosso dialeto alemão riograndense está bem a caminho da extinção perpétua … portanto, nestas alturas do campeonato, assim por dizer, qualquer forma escrita da língua é melhor do que deixar ela só na fala … quando sabemos que em MUITAS comunidades os adultos fluentes no dialeto simplesmente não falam mais a língua pois sempre há alguém por perto, seja netos, ou amigos, etc. que não entendem nada da língua alemã. E por isto as pessoas fluentes no dialeto simplesmente não estão mais utilizando ele, e quanto mais passa o tempo, mais a gente se afasta de trazer ele de volta, a criar um ambiente ativamente bilíngue …

Para tal, além de começar a escrever na língua, precisamos criar espaços e momentos de confraternização onde a prioridade é que se fale somente em dialeto; Mas lembre-se que além de procurar beneficiar aquelas pessoas que sempre entenderam a língua mas nunca chegaram a falar nela, além de ajudar estas pessoas a começarem a usar a língua tanto oralmente como na escrita … é super importante trazer crianças para estes espaços e momentos de confraternização onde se privilegia a nossa língua minoritária. Muitas pessoas fluentes no dialeto precisam ser convencidas primeiro a voltar a falar na língua – faz parte da natureza humana simplesmente dizer que não lembra mais a língua e ponto final, e seguir o caminho mais fácil, e continuar falando só em português. As pessoas precisam compreender que isso tudo volta bem rapidinho, com um pouco de persistência. Se você simplesmente não falar mais em português com estas pessoas, mesmo que seu alemão seja mínimo, elas perceberão que você está determinado/a e passarão a ajudar você mais e mais …

Para começar a escrever no dialeto, seja mensagens no Facebook, um bilhete deixado na mesa para a sua mãe, uma carta a uma velha amiga, o que seja, uma das coisas principais e mais básicas é aprender o alfabeto. Com um mínimo de esforço a gente consegue aprender o nome das letras do alfabeto em alemão – elas são quase todas iguais ou bem parecidas ao português, com algumas exceções. Para fazer isto, entre nestes vídeos do Youtube: Das deutsche Alphebet (note que o alfabeto “cantado” é mais fácil de lembrar, por isso foi gravado assim no vídeo).

Ainda utilizando o exemplo acima, você logo irá notar que o som de “v” do português é gravado com um “w”, e portanto “que” = “Wie” e “Que bonito! = “Wie schön!” No caso do “ö” – do “o” tremado, ou com Umlaut como se diz no alemão, você irá aprender logo logo com isso funciona no alemão. Vou explicar isto pra você de um jeito informal, bem simples: Só pra você ter uma idéia, em português a gente diz/escreve: roda –> rodei; já no alemão qualquer termo derivado da raíz “roda” = “Rad*”, por exemplo, rodas fica “Räder” … quer dizer, a letra a ganha trema/sinal de Umlaut – é como se a gente tivesse que escrever roda, rodäi em vez de como fazemos: roda, rodei.

*Note também, como aqui neste caso, que substantivos (ou seja coisas, lugares, e pessoas) ficam sempre em maiúscula na escrita alemã; o motivo dessa prática é simples mas mui importante: as frases na língua alemã são armadas de um jeito que pode confundir o leitor ou a leitora, ou demorar um pouco pra ele o ela entender o que está escrito – ao pôr substantivos em maiúscula isso ajuda na leitura, visualmente, facilitando que o sentido da frase seja compreendido com maior rapidez.

muito = oorich orrer* aarich = “artig” uff Hochdeitsch
Forma de uso:
Das ist awer doch oortich teier!
Das ist aber doch artig teuer! (note que embora isto aqui seja o equivalente ao pé da letra no Hochdeitsch, isto não quer dizer que pessoas falando no alemão padrão e ou falando ele meio casado com outro dialeto, diriam isto deste jeito, igual a nós – provalmente diriam: Das ist aber sehr teuer!

*”oder” = “ou” é um termo que na prática, muitos de nós pronunciamos “or-a”, o que eu prefiro grafar: “or-rer”, lembre-se que “rer” tem o som de “a”, como nos sobrenomes Beppler e Becker, quando estes são pronunciados no alemão regional (“pêp-pla” e “pê-ka”).

Lembre-se que muitas vezes não encontramos palavras em dicionário de alemão pois pra começar nós imaginamos a palavras escritas conforme nosso sotaque, por exemplo, a palavra Becker as pessoas iriam no dicionário de Hochdeitsch procurar Pecka, Pegga, ou Pecker … sem que jamais chegassem à Becker = um sobrenome e também
o nome da profissão de assador de pão.

Quando comecei a ler e escrever em alemão, por exemplo, eu não encontrava a palavra “egglich” = “feio” no dicionário de Hochdeitsch – sim porque no alemão padrão o equivalente e egglich não significa feio mas sim mais especificamente nojeto, asqueroso e repugnante; até que eventualmente me dei conta isto e ví que o nosso egglich = ekelig, na verdade é bem mais comum diconários de alemão encotrar-se registrada a forma mais comum desta palavra, que é eklig.

Para resolver este tipo de problema sugiro pegar o significado da palavra dialetal em português e uma vez encontrado seu equivalente em hochdeitsch, procure esta palavra do Hochdeitsch aqui nesta central de dicionários aqui para ver como ela é utilizada regionalmente e como ela foi utilizada historicamente:

www.wörterbuchnetz.de

Os dicionários nesta central de dicionários que mais contém termos parecidos, que se aproximam mais do nosso jeito de falar são, em primeiro lugar, é o dicionário do dialeto da região do Palatinado ou die Pfalz, o dialeto Pfälzisch, abreviado no Wörterbuchnetz.de como PfWB (Mas lembre-se de que “pf” não é um som “nativo” ao nosso dialeto, e portanto não é incomum as pessoas pronunciarem tipo, Ferd em vez de Pferd para cavalo, ou Pälzisch para Pfälzisch.); outro dicionário mui útil pra nós é o de Rheinisch (abreviado RhWB); e mais outro similar é o NRhWB.

FAÇA UM CLICK AQUI PARA ENTRAR NA CENTRAL DE DICIONÁRIOS E FAZER UMA PROCURA GLOBAL (NOTE QUE SE O TERMO PROCURADO PODE APARECE EM SOMENTE UM, EM DOIS, EM MUITOS, OU EM TODOS OS DICIONÁRIOS DA CENTRAL): WWW.WÖRTERBUCHNETZ.DE

GRAMMATIK

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Sieh ooch / Sehe auch / Ver também:
Die fünnef Präpositione, wie mea se im Riograndenser Hunsrückisch Dialekt kenne

Como não existe uma gramática compreensiva do Riograndenser Hunsrückisch, dependemos indiretamente da gramática do Hochdeutsch pelo menos como referência inicial para acesso à nossa língua. É mui importante contextualizar este assunto corretamente: Esta situação linguística precária existe por causa de políticas nacionais de base napoleônicas que sempre visaram exterminar idiomas menores de seu meio. Portanto não é um estado de ser das coisas devido à inabilidades natas por parte da população de falantes desta língua regional brasileira:

GRAMÁTICA DA LÍNGUA ALEMÃ / Grammatik

DECLINAÇÃO NA LÍNGUA ALEMÃ / Deklination

A declinação no alemão (alemão: deutsche Deklination) caracteriza o idioma como uma língua fusional, pois pronomes, substantivos, adjetivos e artigos são declinados. O alemão conserva três gêneros: masculino, feminino e neutro; dois números: singular e plural; e quatro casos gramaticais: nominativo, acusativo, dativo e genitivo.

ARTIGOS / Artikel

Artigos definidos / bestimmter Artikel
Os artigos definidos (alemão: bestimmter Artikel) equivalem às palavras o, a, os, as, do Português.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino der den dem des
Feminino die die der der
Neutro das das dem des
Plural die die den der

Artigos indefinidos / unbestimmter Artikel
Os artigos indefinidos (alemão: unbestimmter Artikel) equivalem às palavras um e uma do Português. Não há plural do artigo indefinido do alemão.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino ein einen einem eines
Feminino eine eine einer einer
Neutro ein ein einem eines

Artigos negativos / Negationsartikel
O artigo negativo (alemão: Negationsartikel) é declinado da mesma forma que o artigo indefinido, mas possui plural. Equivale às palavras nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, do Português.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino kein keinen keinem keines
Feminino keine keine keiner keiner
Neutro kein kein keinem keines
Plural keine keine keinen keiner

PRONOMES

Pronomes pessoais

Primeira pessoa
Os pronomes pessoais da primeira pessoa do singular do alemão equivalem às palavras portuguesas eu, mim e me. Os do plural equivalem às palavras portuguesas nós e nos.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Singular ich mich mir meiner
Plural wir uns uns unser

Segunda pessoa
Os pronomes pessoais da segunda pessoa do sigular do alemão equivalem às palavras portuguesas tu, ti e te. Os do plural equivalem às palavras portuguesas vós e vos.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Singular du dich dir deiner
Plural ihr euch euch eurer

Terceira pessoa
Os pronomes pessoais da terceira pessoa do singular do alemão equivalem às palavras portuguesas ele, ela, o, a e lhe. Os do plural equivalem às palavras portuguesas eles, elas, os, as e lhes. O reflexivo equivale ao se, si.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo Reflexivo
Masculino er ihn ihm seiner sich
Feminino sie sie ihr ihrer sich
Neutro es es ihm seiner sich
Plural sie sie ihnen ihrer sich

Pronomes interrogativos
Nominativo
wer (quem? – sujeito)
Acusativo
wen (quem? – o. direto)
Dativo
wem (para quem?)
Genitivo
wessen (de quê/quem?)

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino welcher welchen welchem welches
Feminino welche welche welcher welcher
Neutro welches welches welchem welches
Plural welche welche welchen welcher

Pronomes relativos
Os pronomes relativos substituem um elemento em uma oração subordinada. Declinam de acordo com a função que desempenham na oração subordinada. No Português, são: que, quem, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cujos, cuja e cujas.
Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino der den dem dessen
Feminino die die der deren
Neutro das das dem dessen
Plural die die denen deren

Pronomes possessivos
Todos os pronomes possessivos do alemão (mein, dein, sein, ihr, unser, euer e Ihr) seguem o padigrama de inflexão abaixo, em concordância com o substantivo seguinte: (o possessivo euer muda para eur- ao receber desinência)

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino – -en -em -es
Feminino -e -e -er -er
Neutro – – -em -es
Plural -e -e -en -er

Adjetivos
Os adjetivos em alemão podem ter duas funções: predicativa (como em “a praia é bela”) ou atributiva (como em “a bela praia…”). Quando os adjetivos são predicativos, não declinam. Quando são atributivos, concordam com a palavra à qual se referem.

Declinação forte
A declinação forte ocorre quando não há artigo ou pronome precedendo o adjetivo.
Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino -er -en -em -en
Feminino -e -e -er -er
Neutro -es -es -em -en
Plural -e -e -en -er

Observação: a declinação forte segue de perto as terminações dos artigos definidos, exceto quanto ao genitivo do masculino singular e do neutro singular (artigo definido “des”), em que os adjetivos são declinados com a terminação “-en”.

Declinação mista
A declinação mista ocorre quando há artigo indefinido ou pronome possessivo precedendo o adjetivo.

Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino -er -en -en -en
Feminino -e -e -en -en
Neutro -es -es -en -en
Plural -en -en -en -en

Declinação fraca
A declinação fraca ocorre quando há artigo definido ou pronome (não possessivo) precedendo o adjetivo.
Nominativo Acusativo Dativo Genitivo
Masculino -e -en -en -en
Feminino -e -e -en -en
Neutro -e -e -en -en
Plural -en -en -en -en

CASOS

Nominativo
Quando não se pode reconhecer o acusativo, dativo ou genitivo, vemos o nominativo. Possui a função sintática de sujeito, predicativo do sujeito e predicativo do objeto.

O aluno é dedicado.
Der Schüler ist fleissig.

O idioma é difícil.
Die Sprache ist schwierig

A criança está doente.
Das Kind ist krank.

Acusativo
Quando o artigo poderia ser trocado por um pronome oblíquo. Possui a função sintática de objeto direto.

Eu tenho a caneta. = Eu a tenho.
Eu dou o lápis.
Ich gebe den Bleistift.
Eu vejo a mulher.
Ich sehe die Frau.
Eu chamo a criança.
Ich rufe das Kind.

Nominativ: der Bleistift, die Frau, das Kind
Akkusativ: den Bleistift, die Frau, das Kind

Dativo
Com o sentido de objeto indireto. (dizer algo a alguém, dar algo a uma pessoa etc.)

Eu dou a caneta à mulher ou ao homem.
Ich gebe der Frau oder dem Mann den Kugelschreiber.
A mãe mostra a prenda à criança.
Die Mutter zeigt dem Kind das Geschenk.
Nominativ: der Mann, die Frau, das Kind
Dativ: dem Mann, der Frau, dem Kind
Regra fundamental: Um objeto dativo aparece sempre antes de um objeto acusativo, como por exemplo:
Ich schreibe meinem Freund einen Brief.
Escrevo uma carta a meu amigo.
Ich gebe dem Jungen Unterricht.
Dou aulas ao menino.

Genitivo
Posse (complemento nominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial).
O amigo do cachorro.
Der Freund des Hundes.
O vestido da mulher.
Das Kleid der Frau.
A mãe da criança.
Die Mutter des Kindes.
Nomimativ: der Hund, die Frau, das Kind
Genitiv: des Hundes, der Frau, des Kindes

QUELLE

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ZWOOI ROOWE

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DIE ZWEI RABEN
von Theodor Fontane.

Ins Riogr. Hunsrückisch von Paul Beppler,
üwwersetzt am 10. Februar 2014

DIE ZWOOI ROOWE (en Volleksballood)

En Tooch, doorich Wäld, ging’ch ganz allehn
Do hörrich zwooi Roowe, gezänk’ und kräh’n;
Der ene rief dem annre laut zu:
»Wo mach’mer Middach, ich und du?«

»Beim Kamp dort drüwwe leiht unbewacht
En runnergeschloohde Ritter seit die Nacht,
Und niemand wess, dass der do leht am Grund,
Nuar seine Liebchje, sein Falk und sein Hund.

Awer sein Hund, uff neie Jachte geht,
Sein Falk uff frische Greif ist späht,
Sein Liebchje, nei verliebt, is fort,
Mir könne in Ruhe schön fresse dort.«

»Du setzt, uff seine Nacke, dich –
Sein blaue Aue, die sind für mich,
En goldne Lock, nehme mir aus seinem Haar
Soll wärme’s Nest für uns nächstes Joahr.«

»Manchener weert weine: Och ich hatt’ ehn lieb!
Doch kener weert wisse soon, wo ear ist geblieb,
Und hingehn üwer sein bleich Gebein,
Weert Wind und Rehn und Sonneschein.«

Hiedie gesagnte Version von Zwooi Roowe is sehr ähnlich zu meiner Üwersetzung:
Carven In Stone: Die Zwei Raben

Etwas ganz annerstrer davon, immernoch en sehr berühmte Version von dem selwiche Lied, awer wo man von DREI ROOWE dren singe tut … wo in gregorianische Gesang Stil arranschiert wooh – das hesst, dass das Stück ganz verschieden von annre, in so en Oort keerrichliche Chor Stil gesung geb ist:
Die Rabenballade” von “Spielleut
(im YouTube uffgelood von schnorrkathor)

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Wichtiche Satzpartikle

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die Satzglieder = Satzgliedern = partículas de sentenças
die Satztpartikle = Partikeln =  idem, partículas de frases

uff = auf
ehnder* = eher – antigamente, agora fora de uso: ehender. Veja exemplos de uso abaixo no *
als wie = als
wie = als

Note que além de aprender como se escreve “ou” em alemão-padrão, você inevitavelmente terá que familiarizar-se com as duas formas dialetais de grafar esta partícula de frase – sim pois ela é utilizada na prática, e você inevitavelmente irá se deparar com ela, tanto como ora, como orrer (ou mesmo orer) … Sabe quando a gente fala: Die harre en alde Karre! -Na verdade eu diria mais é Audo, mas francamente eu escrevo é Auto pois geralmente é assim que se grafa esta palavra no alemão … e o que ocorre muito é que a gente às vezes fala palavras como Auto pronunciando com “t”, outras vezes com “d” – por isso eu geralmente opto por um, e decido ficar o mais próximo do Hochdeitsch, quando dá… Mas vamos lá: Die harre en alte Karre! = Eles tinham um carro/auto velho! este harre na verdade é hatte, ainda no realmo dialetal – que no Hochdeitsch é HATTEN (mas nós via regra não pronunciamos o “n’ no final das palavras, seja qual for a sua categoria gramatical). Caso você quiser representar o som da palavra HARRE quando ela de fato é pronunciada com com dois “RR”s, você grafa ela e acabou … mas saiba que tem gente que fala o nosso dialeto e não “desliza” para o som de “RR”, ficando com HATTE. Ainda mais, muitas vezes você lê e ou escuta variantes regionais de nosso dialeto, seja ele uma variante catarinense, paranaense, espirito-santense, ou falado na Argentina, e irá perceber que essa troca de “T” (no caso dois “TT”s) por “R” (no caso dois “RR”s) acontece, é praticada, em palavras nas quais a gente NUNCA faz isso, e nem ouve, nunca ouviu antes outras pessoas o fazerem. Você pode optar por sempre escrever, digo grafar, estas ocorrências igual se faz no alemão padrão, e acabou. Ou você quando escreve dialeto sempre grava de um ou de outro jeito, independente das variações que podem de fato, na prática, ocorrer. Uma coisa é certa, você não pode ser e fazer igual a todo mundo ao mesmo tempo – ao escrever um texto, terá que optar por um caminho, uma via… Quando eu produzo textículos com o intúito de ensinar, eu muitas vezes escrevo uma/duas/e até três jeitos, tudo encordoado, às vezes separado por barra inclinada: / Mas isto é só no sentido de ser ilustrativo, pra mostrar as possibilidades.

*Este “Ender” que nós utilizamos em vez do Hochdeitsch EHER me levou anos pra perceber a conexão – precisamente foi ontem que me deu na telha e fui atrás… parece que antigamente esta palavra era EHENDER, o que no alemão-padrão evoluiu para “eher”, e no nosso dialeto, ficou “ehnder”, que simplificado, pode ser grafado como “ender” ou mesmo “enda”).

Ich wollt ehnder komme, das hot awer zu viel gerehnt.
Uff Hochdeitsch säht ma das so / Auf Hochdeutsch sagt man das so:
Ich wollte früher kommen, aber es hatte zu viel geregnet. — Ué, mas não tem EHNDER aqui!!!
Sim, porque no dialeto a gente também pode, NESTE CASO, dizer früher. Na verdade, NÃO se diz EHER neste caso, mesmo que EHER seja o equivalente de EHNDER … é que tem isso, né?!?! nem tudo é sempre na base de igual pra igual, que tudo tem nitidamente um correspondente igualzinho em cada lado – línguas não são assim, esta noção de sempre trabalhar com equivalentes faz parte de aprendizado escolar, didático, e não corresponde com a realidade …

Dito isto, esclarecido este ponto, agora vou mostrar como o EHNDER / EHER é utilizado no Hochdeitsch:
Ich tät ehnder selich bleibe, als wie mich mit dem Kerl zu heirate.
(Note que nesta frase eu escrevi DEN … quando na prática a gente diz DE; sim, pois também no caso dos artigos representanto do gêneros gramaticais DER, DIE, DAS … eu sempre grafo o DER como “der”, muito embora na realidade a gente pronuncie “de” – ISTO É PRÁTICA COMUM NA ESCRITA DE DIALETOS GERMÂNICOS; E TEM SEU PROPÓSITO! ENFIM, É QUESTÃO DE SE ACOSTUMAR E PRONTO, BOLA PRA FRENTE …)
No Hochdeitsch fica assim:
Ich tät eher ledig bleiben, als** mich mit dem Kerl zu heiraten.

Du muss awer ehnder komme, do könne ma zusammen foohre.
Mas você tem que vir mais cedo, aí podemos viajar juntas. (note que no português JUNTAS revela este diálogo imaginado ser entre duas mulheres, ou moças, pessoas do feminino… no alemão isto não fica claro)
Então, EHNDER é como ANTES, em ANTES MAL ACOMPANHADA DO QUE CASADA COM ELE …
Moie will ich ehnder komme! = Amanhã quero vir/vim/chegar mas cedo! Neste caso pode-se dizer FRÜHER em lugar em EHNDER no dialeto – mas no Hochdeitsch TEM que utilizar FRÜHER!!! Deu pra entender? Se não, volte aos exemplos acima, reflita, e tente criar frases similares para praticar (tem gente que faz isso de/na cabeça (pode praticar na frente do espelho, se isto ajuda!); outras pessoas preferem fazer/praticar com papel e caneta; muitos/as gostam mais é de praticar coisas novas assim como esta, falando com outra pessoa na língua, e calculadamente utilizando, no caso, as partículas de frase em questão, a fim de praticar; sempre é bom e recomendável a gente manter contato com outra pessoa a estudar a mesma coisa, e assim discutir em conjunto de tempo em tempo as novidades aprendidas.

**MAIORES ESCLARECIMENTOS (UFF HOCHDEITSCH) AQUI em FAQL.de SOBRE O ALS, ALS WIE, E WIE … NOTE QUE TEM A GRAMÁTICA MODERNA E O UMGANGSPRACHLICH = COLOQUIAL E O DIALETAL [dialetos geralmente tem um LONGO histórico e tradição; enquanto que o falar comum, de rua, o coloquial é o informal de hoje em dia, é como a língua é usada de qualquer jeito pelo público hoje em dia – muitas vezes carregando traços e dando continuidade a certos uso, baseado em dialetos da região, outras vezes simplesmente porque é uma forma mais simples de falar; no caso de gírias modernas também, podem ser palavras que já eram gíria num dialeto da região muito tempo atrás, mas gírias podem, e muitas vezes são super atuais, não reconhecíveis apenas alguns anos atrás – E MUITAS VEZES emprestadas da língua internacional do dia, em nossa era, agora, o INGLÊS – mas já foi o Francês, etc.):

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LÍNGUA NOSSA!
DEITSCHBRASILIOONISCH, UNSER SPROCH!

EM DEZ ANOS A MINHA LÍNGUA ANCESTRAL, O RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH*,
IRÁ COMPLETAR DUZENTOS ANOS DE EXISTÊNCIA
*é difícil demais pra você pronunciar? então diga Hunsriqueano Riograndense

NO DECORRER dos anos de vida no exterior, eu sempre me senti, em muitos sentidos, um brasileiro diferente dos/das demais compatriotas (sendo a vastíssima maioria destas pessoas não naturais do sul de nosso país, e praticamente todas nunca foram e nem conheceram o Brasil meridional). Em situações onde houve contato entre brasileiros/as e norte-americanos/as das quais participei, desde encontros estudantís em tempos de universidade, festinhas de empresa, ou mesmo na informalidade de clubes noturnos, repetiram-se ao longo dos anos certas posturas negativas quanto a minha identidade regional, linguístico-cultural, como queira, talvez especialmente por eu ter o, e estar consciente do, meu dialeto alemão Riograndenser Hunsrückisch como minha língua ancestral; mas tendo sempre, e justamente, tratado como algo igualmente meu a minha língua pátria, meu falar do coração lado-à-lado à nossa língua nacional – aliás como ela era chamada tanto oficialmente como na prática no sistema escolar nos meus tempos de escola. Preciso dizer, eu tenho dois lados, um é tímido, fica no cantinho pra não ser notado, concorda com tudo que vai ser melhor – isto talvez resultado das “boas” e frequentes surras que levei de meu meu pai quando menino; mas mais do que isso, certamente, foi minha realização quando ainda em tenra idade, de que havia algo remarcavelmente diferente em mim, mit mir, mich, sellebst, ganz ganz tief in mei Herz, mei Brust, mei Mooche, ora wie man uff Hochdeitsch säht, mit meinem Dasein (awer, ich sin immer mit meinem Dasein zufrieden gewess, ich muss eich das soohn!). Por outro lado, no decorrer de minha vida, eu aprendi a me abrir, me jogar, falar o que sempre quis dizer, fazer coisas que naturalmente eu sempre quis fazer … mas que até certa altura de minhas vivências eu não tinha me permitido – certas coisas então, nem pensar! Pois bem, anos atrás, enquanto em situações social- e culturalmente mistas, eu cedia bem-treinadinho ao chauvinismo nacionalista e totalitário de meus/minhas compatriotas … Não mais, isso agora de já faz um bom tempo! Nessas ocasiões, acima, quando estrangeiros me diziam coisas como: Sou americano, morei no Rio/Recife/Bahia, você absolutamente não tem nem cara e nem sotaque de brasileiro – Minha resposta sempre era tipo, tenho sim, o Brasil é quase um continente de grande, obviamente você ainda não conheceu o sul; ou algum escandinavo me dizia algo como: Estranho, mas você tem um sotaque suave igual a nós quando fala o inglês … Bastava eu reagir, expandir minha conversa, explicando, dizendo que boa parte do sul fez parte do projeto de colonização do Império do Brasil, as pessoas não se isolaram por algum motivo excêntrio ou macabro … mas foram calculadamente colocadas em terras consideradas devolutas, abrindo zonas inteiras de povoados e municípios em regiões onde, por exemplo, não habia interesse pelos latifundiários gaúchos pois ali não dava pra criar gado – em consequência destes desenvolvimentos históricos hoje que lá há milhares de pessoas que são, em seu dia-à-dia, pessoas bilíngues … Aí, praticamente sem falha, meus/minhas con-terras apropriavam-se da conversa, para fazer valer a doutrina de identidade nacional brasileira (com conotações de classificação, de triagem, de hierarquias – em outras palavra, nada democrático; e insistentemente ignorante) São coisas que eu então me sentia quase que obrigado a aturar, calando-me, retraíndo-me, eram mais ou menos nestas linhas: Ah mas o que eles falam de alemão lá no sul, aquilo ninguém da Alemanha entende, não é mais nem uma mistura de português com alemão, não é nem mais uma língua, nem mais um patuá … (DESDE QUANDO VOCÊ É UM EXPERT NA MINHA LÍNGUA, FALA EM ALEMÃO, DEIXA EU OUVIR – isso é o que eu devia ter feito, mas não, a gente foi praticamente treinado a baixar a crista, ceder, apaziguar, concordar contra a sua sã consciência, infelizmente). Isto quando não faltava algum espertinho pra perguntar quantos prêmios nobel de literatura tinha saído de minha “cultura”. Na maioria dos casos, os/as norte-americanos/as, e olha lá hein, não só os/as canadenses, talvez por não terem perdido em absoluto o seu elo com a cultura britânica, calculadamente mas não sem a maior sutilidade, mudavam de assunto. Se você é uma daquelas milhares de pessoas de meu país que não conhece o nosso regionalismo linguístico, o qual nós mesmos vêmos não como postiço, alienígena, e carecendo legitimidade, mas sim como autêntico e inquestionavelmente brasileiro, eu gostaria de recomendar a você um texto de Erich Fausel: “O alemão falado no Rio Grande do Sul e suas transformações”.

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Riogr. Hunsr.: Steier bezoohle Hochdeitsch: Steuern bezahlen Brasilioonisch: Pagar impostos

Hochdeitsch/Alemão-padrão:
“Wer Steuern hinterzieht, raubt anderen die Möglichkeit zur angemessenen Teilhabe am gesellschaftlichen Leben – und verschärft damit die ohnehin vorhandene Ungerechtigkeit. Ein Kommentar.”

Riograndensern Hunsrückisch/Alemão gaúcho:
“Wer Steier hinnerzieht, raubt annre die Möchlichkeit zur angemesne Teelhonn am Gesellschaftliche Lewe – und verschärreft domit die ohnhin vorhandne Ungerechtichkeit. En Kommentar.”

Bresiljoonisch/Portugiesisch:
“Quem sonega [puxa pra trás] impóstos, rouba outros/as da possibilidade de participar justamente da vida em sociedade – e acirra, portanto, as injustiças já existentes. Um comentário.”

Facebook / Fratzbuch: RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH

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“O alemão falado no Rio Grande do Sul e suas transformações” por Erich Fausel

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UFRGS:ORGANON

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Deitschbrasilioonische Literatuar:

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Como falar sobre a nossa cultura germânica regional …
Wir über uns / Mir über uns / Mea üwich uns sellebst

Deutschbrasilianische Literatur (note que não escreveo com hífen de propósito)
Deitschbrasiljoonische Literatuar (escrito mais dialetal, como a gente fala)
Literatura brasileira de expressão alemã (em Língua Nacional)

Die deitschsprochiche Brasilioonische Literatuar
Die deutschsprachige Brasilianische Literatur

Note que quando a maioria de nós falantes do alemão dialetal pronuncia “tooch” em vez de ‘tag”, existem regiões onde as pessoas não pronunciam este “oo” (que representa o som de “ó” em português), mas sim falam “taach”. Com isto em mente, você não terá dificuldade de entender que quando a maioria diz “deitschbrasiliooner”, há quem diga “deitschbrasiliaaner”. Ainda, quanto ao final deste gentilício “er”, têm pessoas que pronunciam ele com um erre forte, como “nerrrr” outras pessoas, a maioria dos/das falantes de alemão regional brasileiro, pronuncia isto como se fosse um “a”, como no meu sobrenome Beppler, que em alemão se diz “pê-pla”.

Finalmente, gostaria de conscientizar todo mundo sobre o fato de que antigamente era comum as pessoas falarem em nosso alemão brasileiro: Bresiljoonisch, notem “bre” e não “bra” – lembrem que a nossa gente, em sua maioria eram do sudoeste da Alemanha, onde por centenas de anos foram linguisticamente influenciados pelo idioma francês, no qual ainda hoje de diz “brésilien” para “brasileiro” e “brésilienne” para brasileira. Notem que o uso da letra “j” em termos como “bresiljooner” é uma prática comum de grafar dialetos alemãe – sendo que, como sabemos, o jota (chamado de iót em alemão) tem o som de “i”, como no nome próprio “Jakob”, pronunciado “iá-cob”.

Host Froche do driwer? Bittschön, froch mich norre, ich tun dann mache was ich kann, dir se helfe, ijo gell?!?!

Hier tun ich meine Botschaft von Heit zu unser RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH COMMUNITY im Facebook, für eich üwertroohe:

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Hallo, gut Moint, meine liewe Leit!!!
En speziell schöne Grüss an alle von eich wo dohie unner uns nei seid. Und ich möch auch Dankeschön soohn zu unsrer neie Riograndenser Hunsrückisch Mitgliederin, Laidi Werner, für das wunnerschöne (un besonners für mich wo ganz dohie uwe in Nordamerika wohne, wo ‘s jetzt Winter is, und dodrum sehr kalt ist) das woorremnende Sonnunnergang Foto!

Para quem quiser aprender a escrever no dialeto, segue uma tradução mais ou menos exata, letra por letra, em língua nacional:
Olá, bom dia, meus queridos e queridas!!! Uma saudação especial a todos/as de vocês que são novatos/as aqui entre nós. E eu queria dizer também Mutio Obrigado a nossa nova membro da comunidade Riograndenser Hunsrückisch, Laidi Warner, pela maravilhosa (em especial para mim que moro bem aqui em cima na América do Norte, onde agora é inverno, e por isto faz muito frio) e aconchegante foto de pôr do sol.

Lembre-se que (ainda?!) não existe tipo uma Academia Brasileira de Alemão Regional, e portanto grafar o dialeto nesta altura do campeonato recai em cada qual quer for começar a escrever nele. No entanto, nós sim temos um corpo de literatura que foi devida e minuciosamente analisado por um um grupo de estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul / FGRGS, liderado pelo (teutobrasileiro) Dr. C. V. Altenhofen, et al. Para acessar este importantíssimo histórico documento, o qual resultou deste grupo de estudo, entre aqui no meu blog e confira: http://www.hunsriqueano.riolingo.com/blog/?p=504 . Aliás, quem não tem acesso pra disponibilizar isto pra si em um Smart Phone / iPhone, sugiro que faça uma cópia em papel e que sempre a sempre carregue consigo, juntamente com um dicionário de bolso de alemão-português e português-alemão; detalhe importantíssimo na hora da compra é se buscar um dicionário que não seja só de uma via, vamos dizer só de alemão ao português, ou vice verda; note também que um dicionarinho desses pode se superficial de mais pra ter alguma utilidade, então você deve informar-se bem antes de fazer a compra; aqui nos Estados Unidos os cebos e lojas de livros usados são um ótimo lugar pra se achar barganhas, dicionários usado que custam baratinho. Mas quem tem acesso a um computador, seja em casa, ou noutro espaço, os melhores dicionários estão aí pra serem acessados de gração na iternet: Por exemplo o conjunto de dicionários bilíngues LEO de München/Munique, no estado da Baviera (Bavária/Bayern):
http://www.leo.org/index_de.html (dica, se não achar uma palavra no dicionário de Alemão-Português, veja no de Alemão-Espanhol, etc.). Também tem outra central de dicionários que todos/as nós devemos passar a utilizar, que é WÖRTERBUCKNETZ da Trier Universität/Universidade de Trier, onde você insere o termo em alemão-padrão, e daí confere no dicionário desejado – de vinte e quatro no total, vários deles dicionários especializados em regionalismos;
(DICA: Pra nós que falamos o dialeto Riograndenser Hunsrückisch o dicionário que mais reflete o nosso modo de falar é o PfWB / Pfälzisches Wörterbuch).

Sim, falei pra ter consigo um dicionário de Português-Hochdeutsch pois infelizmente AINDA NÃO SAIU o tão esperado DICIONÁRIO TRILÍNGUE COMPARADO DE HUNSRÜCKISCH SULAMERICANO-ALEMÃO DO SUDOESTE DA ALEMANHA-ALEMÃO PADRÃO. Quer dizer, este novo dicionário nos será absolutamente crucial para que possamos estabelecer uma escrita regular e regulamentada de nosso falar alemão regional; pois este novo dicionário é para ser uma publicação que abranja o nosso Hunsrückisch conforme ele é falado na América do Sul/Südamerika – i.e. na Bacia do Prata (centrado no Rio Grande do Sul mas também em outros estados sul-brasileiros e países vizinhos, notadamente na Argentina, no Paraguai e Uruguai) e também no Espírito Santo … mas estamos aguardando exatamente isto da ilustríssima equipe acadêmica que acabei de citar mais acima.

Hallt eich munter!!!

-Paul

Paul Beppler
Seattle, Washington
Vereinigten Staate von Amerika / Estados Unidos da América

BITTESCHÖN, HIE REN GUCKE:

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