Unser Riograndenser Hunsrückisch in Buch erwöhnt: “The Handbook of Historical Sociolinguistics” (2012)

Aqui temos um pequeno excerto de texto de um livro técnico de linguística (em inglês /2012) onde o nosso falar germânico regional, o alemão Riograndenser Hunsrückisch, é explicitamente citado por nome.

Dohier ist en koorz Textauszuch, aus enem technisches Sprochwissenschaft-Buch in 2012 veröffentlicht, wo unser Riograndenser Hunsrückisch ausdrücklich zittiert und explizit erwöhnt geb ist.

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The Handbook of Historical Sociolinguistics
Edited by Juan M. Hernández-Campoy and
J. Camilo Conde-Silvestre

Wiley-Blackwell & Sons

First edition first published 2012
ISBN 978-1-4051–9068-8

Part IV Historical Dialectology, Language Contact, Change, and Diffusion

29 – page 534/704 p.p.

The Impact of Migratory Movements on Linguistic Systems: Transplanted Speech Communities and Varieties from a Historical Sociolinguistic Perspective by Daniel Schreier

3. Exploring the Sociolinguistic Processes Induced by Population Movements

Several stages can be identified in the formation of contact-derived dialects. First of all, the total number of variants present in the contact scenario represents a pool out of which the first native speakers select features during the initial formation phase (Mufwene 2001). None of the input varieties ‘wins out’ at this stage; were it to do so, then all but one variety present in the contact scenario would disappear without a trace and the newly developing variety would be the equivalent of one of its inputs. Riograndenser Hunsrückisch would merely be a transplanted (and systematically unaltered) form of a Rhineland-Palatinate German dialect in Brazil, Australian Englisch exported Cockney, Québec French the equivalent of a regional variety found in France, Brazilian the equivalent of Portuguese, and so on. This is hardly ever the case, since speakers accommodate to each other, as a result of which features are combined in novel ways by the first generations of native-born speakers. The usual outcome is that the inputs undergo a stage of mixing, driven by mechanisms such as a feature selection and retention. Consequently, contact between linguistic systems triggers selection processes of features from several co-existing varieties (Kerswill 1996, 2002), and this may be influenced by factors such as total number of features present, the salience, stigma, and prestige of individual variables, sociodemographic characteristics and sociability. Fully-developed koinés, the end-product of focusing (Le Page and Tabouret-Keller 1985) that derive from some or all the dialects present in the original contact situation.

Another important process in this context is leveling: the majority of variants found in a diffuse mixture situation gradually disappear as features are permanently selected (Trudgill 1986; Siegel 1987; Britain 1997). Contact-induced language change has strong tendencies towards regularity and transparency. Though the precise nature of what determines leveling is still unknown, there is consensus that status (stigma or prestige) and frequency are important criteria. Variants that are regionally or socially marked are usually not maintained (Mesthrie 1993) and those with the widest social and geographical distribution have the highest chances of surviving the selection process (Trudgill 1986). The surviving form is usually the one found in the majority of inputs (Mesthrie 1993; Siegel 1987), and this led Trudgil (2004) to adopt an extreme (and controversial) hypothesis, namely that it is the frequency of features alone that accounts for adoption. Social factors (prestige, status, social network structures, and so on), as a consequence, would simply be irrelevant (further discussion below).4

Author Information:

Juan Manuel Hernández-Campoy is Professor in Sociolinguistics at the University of Murcia, Spain, where he teaches undergraduate courses on English Sociolinguistics, Dialectology, and the History of English, as well as sociolinguistic research methods for postgraduate students. His books include Style-Shifting in Public (with J.A. Cutillas-Espinosa, 2012), Diccionario de Sociolingüística (with P. Trudgill, 2007), Metodología de la Investigación Sociolingüística (with M. Almeida, 2005), and Geolingüística (1999).

Juan Camilo Conde-Silvestre is Professor in English Historical Linguistics at the University of Murcia, Spain, where he teaches on the History of the English Language and Research Methods in Language Variation and Change. His books include Sociolinguistica Histórica (2007), Sociolinguistics and the History of English (with J.M. Hernández-Campoy, 2005) and Variation and Linguistic Change in English (with J.M. Hernández-Campoy, 1999).

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote von Amerika
am 9. April 2014
Facebook: Paul Beppler
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En Blick von Walt Whitman

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En Blick
von Walt Whitman
Üwersetzung ins Riograndenser Hunsrückische
von Paul Beppler

En flüchlicher Blick doorrich en Spalt von en Moment uffgenoohm …
Wo en Grupp von Männer, Oorweiter und Foohrer in en Bar um en Uwe sich wärme tun, unn trinke, spät in en Winter Nacht – unn ich, ohne ‘was für se soohn, in mein Eck am setze sinn; wie en Junge, wo mich liebt unn wen ich liewe, langsam zu mear kommt, unn sich newwich mich hin setze tut, so das ‘a mein Hand hole kann; für en lang Weile, im Mitte von Lärrem von Leit hin und hear – von Sauferei und Versprechunge unn Spass …
Do woorre mear zwooi, zufried, fröhlich, dass ma zusammer sin könnde, do woard wenich gesproch, vielleicht keh Wort.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote von Amerika
am 7. April 2014
Facebook: Paul Beppler
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Das Wort für Heit
A palavra do dia

Wort für Heit / Palavra do dia

nohher
Vou escrever a pronúncia da palavra como se ela fosse um termo em português: nô-ha

Seu significado é: depois, mais tarde

O “er” ter o som de “a” no final de sobrenomes alemães no sul do Brasil é algo muito comum; e a maioria de vocês sabe que nomes como Becker tem duas pronúncias conhecidas por todo mundo das zonas bilíngues, mesmo por pessoas que não falam alemão – quer dizer, pode-se dizer “bê-ca”, que é a pronúncia antiga, tradicional, em alemão … e “bé-quêr”, que é a pronúncia do nome português. Mesma coisa com o sobrenome Beppler, em língua nacional é bé-plêr … em alemão é pê-pla.

nohher – compare-a com o termo equivalente em Hochdeitsch/no alemão-padrão: nachher – pronuncia do “ná-hêa”.

AINDA:
Agora que você sabe como se pronuncia nohher, saiba que esta palavra na verdade pode e às vezes de fato ganha uma segunda pronúncia no-hêa, onde a ênfase deixa de ser a primeira vogal, e sim cai em cima do “e” …

Estas duas pronúncias convivem, servem pra dar ênfase num diálogo e não tem regra fixa para seu uso; mas é algo mais intuitivo.

Exemplos:

Pergunta/Froch/Hochd.: Frage:
Kommst du nohher (pronunciado “nohhêa”)?
Você vem mais tarde?
Resposta/Antwort/Hochd.: idem, fica igual
Nohher (pronunciado “nôhha”) nee (pronunciado: “nêê”, dialeto para nein); awer Moie komm ich …
Mais tarde não; mas amanhã eu venho …

Immer nohher, nohher, nohher (pron. nôhha) …
Sempre depois, depois, depois …
Satts jawohl, ich tun das ijetzt mache …
Em vez de sim, eu farei isto agora …

Referência:
https://de.wiktionary.org/wiki/nachher

O gráfico abaixo não é uma página verdadeira do dicionário Wiktionary mas sim o que se chama no inglês de uma “mock page”, ou seja uma página temporária, não gravada, só pra servir de faz-de-conta … é como ela ficaria na nossa língua ….Screen Shot 2014-03-08 at 11.35.56 PM

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote von Amerika
am 8. März 2014
Facebook: Paul Beppler
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INTERNATIONALER FROOHLEITSTOOCH!

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Feliz Dia Internacional da Mulher!!!
Schöne Internationaler Froohleitstooch!!!
Happy International Women’s Day!!!
MULHER normalmente se diz/escreve die FRAU, e no plural die FRAUEN, na lingua alemã … e todo mundo que fala dialetos alemães sabe disto. Mas quem só sabe o alemão padrão, e hoje em dia mais e mais pessoas não sabem mais dialetos, muitas vezes não entende as formas dialetais da sua língua. No nosso alemão-gaúcho RIOGRANDENSER HUNSRÜCKISCH ‘geralmente’ se diz die FROOH para a MULHER, em algumas regiões é mais pronunciado para die FRAAH … Algo interessante é que no nosso dialeto construimos um plural para MULHER que praticamente é desconhecido pros/pras falantes do alemão padrão e mesmo de muitos outros dialetos … É assim: DIE FROOHLEIT (Leit é dialeto para Leute que significa gente, pessoas; então, só pra fazer uma comparação, seria como fazer o plural de mulher: pessoas-mulher em vez de mulherES no plural… Isto que eu acabei de explicar pra vocês é algo que milhares de brasileiros e brasileiras conhecem de berço, são particularidades linguísticas que fazem parte da identidade de por volta de um, dois, ou três milhões de indivíduos (não há dados precisos, só estimativas com base em dados secundários ou terciários). O Brasil não é um país monolíngue, existem muitas realidades linguísticas que geralmente correm em paralelo à língua nacional. Todas as línguas minoritárias de nosso país estão sofrendo de toda sorte de barbaridades e abandono. Mas as línguas autóctones ou indígenas são as que mais precisam de atenção pois elas geralmente tem um número total de falantes extremamente baixo e podem desaparecer praticamente de uma hora pra outra. O Brasil precisa de novas e atualizadas políticas linguísticas. A falta de compromisso com minorias de toda sorte e natureza reflete mal em nosso país, uma nação que congrega todos os povos do mundo devia estar mais ciente de todas as pedrinhas que formam seu mosaico cultural. Anos atrás se falava de um tipo nacional chamado pejorativamente de ‘ugly american’ – agora que o Brasil ficou rico, temo que não estamos longe de ganhar a nossa versão dessa destratada criatura. Se você por acaso precisar informações na área de política linguista, recomendo o IPOL-Instituto de Investigação e des em Política Linguística localizado em Florianópolis, Santa Catarina – Brasil.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote von Amerika
am 8. März 2014
Facebook: Paul Beppler
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Wie könnt ma unser reschionool Sproch zurückbringe?

Riograndenser Hunsrückisch weert noch von Millione von Mensche in unsrem Bundesstoot und gleichzeitich ooch in Nochbarschländer tächlich gesproch … Wie könnt ma unser reschionool Sproch ooch “restauriere” und wieder zurückbringe?

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Dohie hoon ma etwas intressantes … wo man in Santa Rosa (Stadt/Neikolonie Gebiet/Nordwest RGS Bundesland) en alt Mill wieder zurückbringt. Naja gut so – dozu tärr’Ich och soogn, ei unser reschionool Platt Sproch sollte mer ooch emoh oonfänge se “restauriere”, bevor das zu spät weert.

Und so, wie ma das mache tut, ei die Sproch soll per Munizipalität, por Reschion/Região gesiehn sin, net per ethnizität – und nämlich, jede ene wo in en solch bilinguale Platzt wohnt kann die reschionool Sproch für sich sellebst nehme, so müsse ma das mache, gloob ich.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 7. März 2014
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Hand- und Reisebuch für Auswanderer und Reisende nach Amerika (1866)

Traugott Bromme's Hand- und Reisebuch für Auswanderer und Reisende nach Nord-, Mittel-, und Süd-Amerika - Bamberg - 1866 - 2014-03-07 at 1.31.44 AM

Oh weh, oh weh …
Härre die das norre gewust,
was alles se noch tärre mitmache …

Enfach hie ren gucke, do kamma das ganzen Buch (en Faksimile) lese:

Traugott Bromme’s Hand-,und Reisebuch für Auswanderer und Reisende nach Nord-, Mittel-, und Süd-Amerika. Bamberg (1866).

Sonscht, wenns dir gleich do uwe net richtich geht für das Buch kriehn füs se lese, dann probier’s Mol dohier, in der Beyrische StaatBibliothek Digital.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 7. März 2014
Facebook: Paul Beppler
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DIE PFALZ, PFÄLZISCH UND
“DE KLÄNE PRINZ” …

Existe toda uma tradição de se produzir literatura regional em dialetos na Europa de língua alemã … e nesta mesma linha também de se criar versões dialetais de obras universalmente traduzidas e celebradas. No caso de nosso dialeto alemão riograndense, no Riograndenser Hunsrückisch já possuimos alguns escritos nesse sentido; mas sim estamos começando a desenvolver uma produção literária e um leitorado correspondente com um tremendo potencial.

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“O Palatinado” é a região chamada “die Pfalz” em alemão; e lá se falam dialetos que em conjunto ganham o nome de Pfälzisch, aliás mui parecido com o nosso Riograndenser Hunsrückisch – sendo que este, vendo pelo seu nome, revela ligação à região montanhosa (montes pré-alpinos), die Mittelgebirge, do Hunsrück – onde se falam dialetos diversos, dependendo do povoado, da cidadezinha … só que lá o dialeto “Hunsrücker Platt” é uma identificação dialetal que muitas vezes recede para descrições de dialeto mais reconhecíveis, que são Moselfränkisch e Rheinfränkisch (ambos Rhein/Reno e Mosel/Mosela são referências a rios da região) mas Fränkisch no caso em português frâncico (ou francônio como Fränkisch muitas vezes é traduzido, corretamente ou não, no caso nem importa). O nosso dialeto Riograndenser Hunsrückisch divide com outras variantes dialetais da mesma sepa em vários detalhes, um deles é a inexitência autóctone dos sons/da escrita “pf” – então, por exemplo, no noroeste do Rio Grande do Sul, bem como na zona da Altkolonie, a gente diz: as ameixa = die Flaume; não como no alemão-padrão: die Pflaume. Portanto, no próprio dialeto Pfälzisch as pessoas falantes dessa variedade do alemão chamam-no de Pälzisch. Nas últimas décadas o alemão-padrão teve uma fortíssima nos dialetos, sendo que falantes dos regionalismos muitas vezes nem estão conscientes de que aquele erre gutural tão famoso do alemão padrão não fazia parte de sua língua materna até quarenta ou cinquenta anos atrás. Mas falando em mudanças, a idéia de que o alemão falado no Brasil parou no tempo é, vamos dizer, inconsistente com os fatos pois o Riograndenser Hunsrückisch em sí é único, ele nunca existiu na Alemanha, nem duzentos anos atrás, nem cem anos atrás, muito menos hoje. Quer dizer ele é o resultado de mundanças e ajustes constantes … tanto que, mesmo com parcos textos produzidos em Riograndenser Hunsrückisch no decorrer de sua história já é possível identificar um Riograndenser Hunsrück antigo e um moderno.

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 7. März 2014
Facebook: Paul Beppler
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Der Abschied in Riograndenser Hunsrückisch

En Adaptierung von Rottmann Peterschs (aus Simmern, im Hunsrück, Deitschland) 19. Joahrhunnert öftersch erwähtes Gedicht “Der Abschied”, hie geschaft von Beppler Paul ens Riograndenser Hunsrückisch am 6. März 2014:

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Der Abschied.

En Parodie uff “Hektoar sein Abschied” von Schiller.

Lisekett.[1]
Willst du, Hannes, noh Brasilie ziehe,
Wo dich Schlange und die Affe kriehe?
Ach, dann sterbt gewiss dein Lisekett!
Wear soll mich dann bei die Spiele fehre,
Wann ich jetzt meine Kerl Verliehre?
Geh! Ich wollt, dass dich der Deiwel hätt!

[4]
Tobich Mensch! Was brauchste so se brille?
Dass ist doch ehmol annerscht net mei Wille,
Und ich honn dir’s schon lang gesooht:
Wann net so viele anner Leit prowiere,
Kann ich ooch; ich hoon Nix se verliere,
Wie en’m Annre ‘s geht, so gehts mir grood.

Lisekett.
Jetzt höre ich dich Moints net meh blose,
Ohne Hert und Herter sin die Ochse,
Die dein Uraltvater schon hot gehert;
Wo du hingehst, brauch mer net schaffe,
Kann der Kaffii mit der Hänner räffe;
Geh, du Wüschter bist net meh gut!

Hannes.
Lisekett, wie kannst du nuar so schwetze?
Losst du dich von wüschte Leit verhetze?
Kennst du mich dann noch net besser, säh?!
Sei zefriede! Wann ich brav Karline [viel Kontos de Réis?]
Loorde[uffloode? uffpacke/uffpagge?] in dem neie Land verdiene,
Komm ich wieder, und du gebts* mei Frooh.

*Hier, wie mir heitstooch Riograndenser Hunsrückisch verzähle, benutzt man “gewe”/”gebe” (Hochdeitsch: “geben”) statts “werden”, wie das in Hochdeitsch sin soll.

Näwesächlich, etwas wo ich speziell intressant finne in dem Gedicht, sind die Lisekett ehre Linie dohie:

“Jetzt höre ich dich Moints net meh blose,
Ohne Hert und Herter sin die Ochse,
Die dein Uraltvater schon hot gehert;”

Vielleicht kann man besser verstehn was das Mäd do im Gedicht säht, wie man den Film unne schaue tut – bittschön sieh den Link gleich do unne – üwich den Kuhhund, en oorweitstier … und sein historische Rolle in Viehzucht, im Südwest von Deitschland.

DER KUHHUND – En Hunsrück-TV Produktion von Oscar Echegaray Robles für der Förderverein für den Westerwälder & Siegerländer Kuhhund e.V.

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Hier gebts noch en Bissche mehr üwich de Kuhhund für se lese (uff Hochdeitsch):
WIKIPEDIA: Der Westerwälder- und Siegerländer Kuhhund

Seattle, Washington – Vereinichte Stoote
am 6. März 2014
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DER ABSCHIED
DAS ATEES
O ADEUS …

AKADEMISCHER MOOLER aus dem 19. Joahrhunnerte deitschsprächiche Raum
En BLOG zu besuche:
kunst kommt von können

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Gemälde von Carl Wilhelm Hübner:
Die Auswandrer ehre Abschied von ehrer Heimat (1846).

Der Abschied (Rottmann)

Textdaten
Autor: Peter Joseph Rottmann
Titel: Der Abschied
aus: Gedichte in Hunsrücker Mundart. S. 3-4
Auflage: 4. vermehrte Auflage
Erscheinungsdatum: 1874
Verlag: R. Voigtländer
Erscheinungsort: Kreuznach
Quelle: Scans auf Commons
Kurzbeschreibung: Gedicht in Hunsrücker Mundart über die Auswanderung nach Brasilien
Erstausgabe 1840
Bearbeitungsstand
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[3] Der Abschied.

Parodie auf „Hektors Abschied“ v. Schiller.

Liesekett.[1]

Willst Dau, Hannes, noh Bresilje ziehe,
Wo Deich Schlange unn die Affe kriehe?
Ach, dann stehrbt gewiß Dei Liesekett!
Wer sall[2] meich dann bei die Spielleit[3] fehre,
5Wann eich naunder meine Kerl[4] verleere?

Geh, eich wullt, datt Deich der Deiwel[5] hätt?

[4] Hannes.

Tobich Mensch![6] watt brauchste so se brille?[7]
’diß nau ähmol annerscht nitt mei Wille,
Unn eich honn[8] Der’t jo schunn lang gesaht:
10 Wannet so viel Annerleit[9] broweere,[10]

Kann eich’t aag;[11] eich honn Neist se verleere,[12]
Wie’t em Ann’re geht, so geht meer’t grad.

Liesekett.

Nau heer[13] eich Deich Moorjets[14] nit meh bloose,[15]
Ohne Heert[16] unn Hierer[17] sinn die Oose,[18]
15 Die Dei Ohrallvatter[19] schunn[20] gehuth;[21]

Wo Dau hingehst, brauch m’r Neist se schaffe,
Kann de Kaffi mit de Hänne[22] raffe;
Geh, Dau Wieschder[23] bist m’r nit meh gut!

Hannes.

Liesekett, wie kannst Dau nor so schwetze?
20 Lißt[24] de Deich vunn wieschde Leit verhetze?

Kennst Dau meich dann noch nitt besser, sah?!
Sei sefriere![25] wann eich brav[26] Karline
Loorde[27] in dem naue Lann[28] verdiene,
Kumm eich wierer, unn Dau gist[29] mei Fraa.[30]

Hochspringen ↑ 01 Elisabetha Katharina.
Hochspringen ↑ 02 soll, wird.
Hochspringen ↑ 03 zum Tanze.
Hochspringen ↑ 04 Liebhaber.
Hochspringen ↑ 05 Teufel.
Hochspringen ↑ 06 dummes Mädchen.
Hochspringen ↑ 07 wofür das Weinen.
Hochspringen ↑ 08 habe.
Hochspringen ↑ 09 andere Leute.
Hochspringen ↑ 10 probieren.
Hochspringen ↑ 11 kann ich es auch.
Hochspringen ↑ 12 verlieren.
Hochspringen ↑ 13 höre.
Hochspringen ↑ 14 Morgens.
Hochspringen ↑ 15 blasen beim Viehaustreiben.
Hochspringen ↑ 16 Hirt.
Hochspringen ↑ 17 Hüter.
Hochspringen ↑ 18 Ochsen.
Hochspringen ↑ 19 Urgroßvater.
Hochspringen ↑ 20 schon.
Hochspringen ↑ 21 gehütet.
Hochspringen ↑ 22 Händen.
Hochspringen ↑ 23 Wüster, Unartiger.
Hochspringen ↑ 24 läßt.
Hochspringen ↑ 25 zufrieden.
Hochspringen ↑ 26 viel.
Hochspringen ↑ 27 dort.
Hochspringen ↑ 28 im neuen Lande.
Hochspringen ↑ 29 wirst.
Hochspringen ↑ 30 Frau.

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Hektorlied

Hektor sein Abschied von Andromache, Gemälde von Johann Heinrich Wilhelm Tischbein.

Hektor sein Abschied ist en Gedicht von Friedrich Schiller. Das weard in Schillers Räiber von Amalia von Edelreich in der 2. Szene von der 2. Akt gesung. Karl [Koorl] Moor, wo sich als Groof von Brand ausgebt, woard von seiner Geliebte Amalia, wo ihn für tot hält, noch net erkannt, als Amalia das Hektorlied oonstimmt.

Inhaltlich geht das im Gedicht um en klassisch Abschiedsszene – aus der Homer sein Ilias [selder ooch: die Illiade genännt, wie in Brasilioonisch, im Singular: A Ilíada], do dren, die Trojaner sein Vorkämper, der Held Hektor, sich zu seinem voraussehbar letzte Kampf von seiner Frooh Andromache trenne muss. Motivisch weard damit gleichzeitich die Tief von das Gefühl wo beide Singende für enanner betont.

Von Schiller meahrfach üweroorweitet, woard die Lied dann zu enem seiner berühmtesten Gedichte: Hektors Abschied (ooch als: Hektor und Andromache noch in: Gedichte, 1800). Schiller hot die „eins meiner besten“ genännt (Sieh Quell: Brief an Körner, 27. Mai 1793).[1]

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Andromache

Will sich Hektor ewig von mir wenden,
Wo Achill mit den unnahbarn Händen
Dem Patroklus schrecklich Opfer bringt?
Wer wird künftig deinen Kleinen lehren
Speere werfen und die Götter ehren,
Wenn der finstre Orkus dich verschlingt?

Hektor

Teures Weib, gebiete deinen Tränen,
Nach der Feldschlacht ist mein feurig Sehnen,
Diese Arme schützen Pergamus.
Kämpfend für den heilgen Herd der Götter
Fall ich, und des Vaterlandes Retter
Steig ich nieder zu dem stygschen Fluß.

Andromache

Nimmer lausch ich deiner Waffen Schalle,
Müßig liegt dein Eisen in der Halle,
Priams großer Heldenstamm verdirbt.
Du wirst hingehn, wo kein Tag mehr scheinet,
Der Cocytus durch die Wüsten weinet,
Deine Liebe in dem Lethe stirbt.

Hektor

All mein Sehnen will ich, all mein Denken
In des Lethe stillen Strom versenken,
Aber meine Liebe nicht.
Horch! der Wilde tobt schon an den Mauern,
Gürte mir das Schwert um, laß das Trauern,
Hektors Liebe stirbt im Lethe nicht.

Quellen
Hochspringen ↑ vgl. [1] Brief Schillers an Körner, 27. Mai 1793 im Friedrich Schiller Archiv
WIKIPEDIA – Die freie Enzyklopädie

FRANZ SCHUBERT
duetten / Duetos
HEKTORS ABSCHIED

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Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
5. März 2014
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Blumegoorde / Blumengarten
Alegrete de flores

“Waroom in die Fern schwänzle [schweife]*? Sieh, das Gute leiht so näh! Als ob Johann von Goethe das gewusst hätt! Goordeenthusiaste müsse net unbedingt bis England reise, um sich von den dortiche Goordelandschafte verzaubre losse und die ene orrer annre Oonrechung für das heimisch Blumebeet zu hole.” -Meine Adaptation ins Rgr. Hunsrückische von den Pararagraph gleich do unne:

05.03.2014 · Gartenenthusiasten müssen nicht unbedingt nach England reisen, um sich von Blumenlandschaften verzaubern zu lassen. Auch vor der eigenen Haustür gibt es reichlich Anregungen für das heimische Beet. -Von Ina Sperl

*Schweif = Schwanz = cauda, rabo … no caso, como verbo, significa fazer fila para ir passear noutros rincões en vez de ver o que tem por perto, em “casa” …

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Notas:
O termo Beet (aliás igual no inglês, mas sendo um substantivo, fica em maiúscula!) significa Rotriebe, nosso nome regional para beterraba (assim como falamos Gellebriebe em vez de Karote para cenoura) … podendo Beet também funcionar como canteiro ou alegrete de flores – especialmente quando acoplado com Blume-, que no caso a gente diz Blumebeet no singular e Blumebeete no plural – e você pode confirmar esse uso no dicionário de Pfälzisch (Para tal, entre nesta http://woerterbuchnetz.de/ central de dicioários com o termo em Hochdeitsch e cheque no dicionário de Pfälzisch quais são as possibilidades de pronúncia por região (o dicionário também cita o uso histórico de certos termos). Geralmente vejo alí representado o nosso jeito de falar, às vezes com minima variação … mas, dito isto, devo comentear, por alguma razão o Pfälzisch ao ouvido, falado, parace ser perceptivamente diferente de nosso sotaque tipicamente suave do Riograndenser Hunsrückisch – ainda, o próprio Hunsrücker Platt, falado logo pegado ao Pfalz, tem um sotaque que a nós milhares de falantes da variedade gaúcha de seu alemão regional inicialmente têm dificuldades de compreensão (digo inicialmente pois a gente tende a acostumar o ouvido rapidinho ao longo de uma exposição mais prolongada) – mas note que eu apontei maior a difença na língua falada do que na escrita. A língua alemã historicamente e por força cultural, por natureza, se manifesta vamos dizer de dentro pra fora, primeiro a identidade local, depois e consequentemente do estado, depois da nação (houve transplante, te é reconhecível esta visão de mundo/Weltanschauung?!?!?) – e daí a profusão de falares, com cada vilarejo tendo seu dialeto … a identidade cultural do brasileiro e do estado-unidense é por natureza diferente, a pessoa destes países primeiro se identifica como elemento nacional, depois de sua região, e bem em terceiro lugar como cidadão de sua vila ou cidadezinha, ou bairro … com algumas exceções.

Fratzbuch: Riograndenser Hunsrückisch
5. März 2014
Facebook: Paul Beppler
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