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No dia 25 de julho de 2012 um dialeto alemão regional unicamente brasileiro, o dialeto alemão mais difundido no Brasil, o francônio Hunsrückisch Platt (Deitsch), celebra os seus 188 anos de história e de tradições
por Paul Beppler

 

Esta semana estamos celebrando os cento e oitenta e oito anos da imigração alemã ao Brasil e da existência de um falar regional brasileiro com raízes germânicas no sudoeste da Alemanha, na região do Hunsrück. O Hunsrückisch Platt brasileiro é o dialeto alemão mais difundido de todos os falares teutos em solo brasileiro (por exemplo, em comparação com o Pomerano, uma língua do norte da Alemanha, falado em localidades como Pomerode, Santa Catarina, e Linha Dona Otília, no município de Roque Gonzales, Rio Grande do Sul).

Até alguns anos atrás falantes do alemão na Europa e no Brasil geralmente praticavam alguma forma dialetal em casa e em suas comunidades e o alemão padrão na escrita, leitura, e vida pública, sendo esta forma padrão da língua baseada na tradução da Bíblia latina pelo reformador Martinho Lutero, que foi chave na unificação e padronização das muitas variantes de um grupo germânico de línguas que frequentemente eram incompreensíveis entre si.

Quando a língua alemã foi expressamente proibida no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial pelo Estado Brasileiro de Getúlio Vargas, aos poucos a língua nacional, o português, passou a tomar o lugar da língua padrão a ser utilizada nas escolas, no trabalho, na igreja e na vida pública em geral. Mas a tradicional diglossia germânica da Europa Central permaneceu ativa, estabelecendo-se a dinâmica “dialeto alemão falado em casa” e a “língua nacional portuguesa falada, lida, e escrita em público”.

Hoje, com o intuito de preservar este patrimônio lingüístico brasileiro, esfórços vêm sendo dispendidos para preservar também este capital cultural imaterial da cultura Brasileira (com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)). Aliás, a proteção e o apoio a idiomas minoritários já não é mais novidade na Europa e em outras partes do mundo.

No entanto, espera-se que o surgimento de dois sistemas de escrita distintos não venham eventualmente a impedir a realização da meta de longa distância principal que é a preservação desta língua minoritária brasileira que já conta com quase duzentos anos de história e tradição, mas que, porém, está sofrendo rápido declínio e corre o risco de entrar em extinção em um futuro próximo.

O vídeo abaixo é uma mensagem falada produzida e publicada em tempo para a semanda das comemorações dos 188 anos da imigração alemã ao Brasil. Seu autor é o tradutor e radialista riograndense Pio Rambo, um falante nativo do Hunsrückisch Platt, e um defensor e praticante do método de grafia do dialeto Hunsrückisch Informal desenvolvido por Ursula Wiedemann.

Frohe Winsche am Deitsche Konistentooch Botschaft von PIO RAMBO

 

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