“Frucht des Zeus” oder auch “Göttliche Birne”

“A fruta de Zeus” (ainda verde) em Roque Gonzales, Rio Grande do Sul – Brasil (2009).

O Cáque também é chamado de “Pêra divina” (“Göttliche Birne”) em alemão padrão.


Em português brasileiro-riograndense: “Dois cáques verdes” (“um cáque”, no singular; “dois cáques”, no plural).

No dialeto alemão Hunsriqueano Riograndense / Riograndenser Hunsrückisch: “Zwóói gríne Káke” (Singular: “êên Kake”; Plural: “zwóói Káke”).

No alemão padrão (europeu): “Zwei grüne Kaki” (Singular: “ein Kaki”; Plural oder Mehrheit: “zwei Kaki”).

Ainda no alemão formal: a fruta leva artigo feminino, i.é “die Kaki”; já no português padrão o termo fica no masculino e sempre com ênfase na última vogal, “o caqui”.

No alemão padrão a cor “Kaki”, alternativamente também escrito “Kakhi”, e inclusive também o tipo de tecido téxtil chamado e escrito “Kaki” ou “Kakhi”, fica no masculino, ou seja, “der Kaki” ou “der Kakhi”.

Ainda: “A fruta” = “die Frucht”, no singular; e “as frutas” = “die Früchte”, no plural; ou também, “a fruta” pode ser “das Obst”, termo que leva o artigo neutro “das”, e que fica sempre o mesmo, tanto no plural quanto no singular.

Pois bem, a fruta do caquizeiro (“von der Kakibaum”) possui muitos outros nomes em alemão, etimológicamente falando, muitas vezes por causa da influência de línguas estrangeiras, ou mesmo como resultado de criações espontâneas regionais que surgem ao longo da história por se tratar de uma fruta exótica introduzida de fora na Europa.

Alguns desses outros nomes são: Götterfrucht (= fruta dos deuses), Kakibirne (= caquí-pêra) persimmonpflaume (= persimmon-ameixa), Kakifrucht (= fruta-caqui), Kakiobst (idem, = fruta-caqui). Notem também que “Pflaume” (que aparece num dos nomes logo acima, em alemão formal é o mesmo que “Flaume” no dialeto Hunsriggisch Platt do sul do Brasil, ou seja, significando ameixa (mas aquela tipo prunus, no caso, sendo que não se está fazendo referência à ameixa-amarela ou à nêspera, sendo esta na Europa alemã chamada de “die Japanischer Mispel”, “die Japanischer Wollmispel”, “die Wollmispel”, “die Mispel”, “die Nispel”, “die Nispero”, “die Nespoli”, “die Loquat” (nome este também comum em inglês); já no nosso Hunsrückisch fica simplesmente “die Amesch” no singular, e “die Amesche” no plural — aqui tratando-se, obviamente, de um empréstimo da lusofonia nacional — ou também, às vezes, “die Gelbicheamesch” no singular e “die Gelbicheamesche” no singular (Gelb = amarelo/a, gelbiche = amarelado/a).

Screen Shot 2014-01-29 at 12.07.28 AM

0