Die Palz

Winzergasse Gleiszelle – Die Pfalz (o Palatinado / the Palatinate). Screen Shot 2014-08-12 at 12.52.00 PMDas dohier ist en Bild von Dr. Manfred Holz (sie Gleiszellen-Gleishorbach / Wikipedia-Deitsch, die Freie Internetz-Enzyklopädie)

IMPRESSÕES DO PALATINADO ANTIGO, REGIÃO LOCALIZADA NO SUDOESTE DA ALEMANHA.

O Palatinado fica junto às regiões do Hesse, Hunsrück, e da vizinha região francesa da Lorena (em alemão Lothringen), do Luxemburgo, onde se falam dialetos alemães que ganham diferentes nomes mas que pertencem ao grupo de falares Westmitteldeutsch (alemão centro-ocidental). Muito embora o luxemburguês (Luxemburguisch em alemão) tenha ganhado o status de língua nacional, muito embora o chamado Lothringisch Platt falado na reigião de Lorena, na França, jamais iria se auto-intitular de “Hunsrückisch”, na prática o dialeto “Hunsrücker Platt” do sudoeste alemão é muito mais do que mutualmente inteligível, de tão próximos e similares que são esses falares. Também houve transplante de dialetos desse tronco germânico para além-mar, dando emergência ao Riograndenser Hunsrückisch ou Hunsriqueano Riograndense no sul do Brasil com cerca de três a quatro milhões de falantes (Atenção: existem outras variantes de alemão no Brasil com um número bem mais baixo de falantes); e similarmente na América do Norte surgiu o chamado Alemão da Pensilvânia ou Pennsylvania Deutsch (Nota: Dialetos muitas vezes tem vários nomes diferentes, e várias grafias divergentes de seu nome, quer dizer bem ao contrário do que ocorre com as imponentes e absolutas línguas dominantes, oficiais, sancionadas pelos seus devidos Estados).

die Pfalz (uff Deitsch/auf Deutsch/em alemão)
o Palatinado (uff Brasilioonisch/auf Portugiesisch/em português)
the Palatinate (uff Englisch/auf Englisch/em inglês).

https://pt.wikipedia.org/wiki/Palatinado

Valeria notar que no dialeto local, pertencente ao tronco Rheinfränkisch a combinação de letras “pf” do alemão-padrão oficial não faz parte – portanto as pessoas da região do Palatinado se referem ao falar em seu dialeto, à “die Palz” em vez de “die Pfalz”; igualmente no que toca o próprio nome do dialeto, o qual é conhecido por todo o país como “Pfälzisch”, porém, ao conversarem entre sí no dialeto local, as pessoas o chamam “Pälzisch”.

Seria importante a gente notar que, em se tratando de dialetos, nem todas as pessoas que residem em e que naturais de regiões da Alemanha onde existem “fortes” dialetos locais, realmente falam essas antigas variantes regionais do idioma alemão (em geral, quanto mais jovem for o indivíduo, mas afastado do dialeto). Sim pois a partir da II Guerra Mundial houve uma forte tendência de padronização da língua, especialmente dada a expansão e disponibilização geral dos meios de comunicação em massa, como a televisão. Porém, hoje em dia a nova onda por toda a União Européia é salvaguardar as línguas menores, reenforçar aspectos das culturas regionais, como as tradições gastronômicas antigas, os idiomas e falares regionais, as expressões folclóricas, etc. Se a fase inicial da expansão dos meios de comunicação em tempos modernos foi detrimental para as línguas e dialetos menores, agora em seu atual estado, nesta grande revolução nos meios de comunicação que estamos vivenciando, onde cada qual pode publicar o que quer, onde pessoas com interesses mútuos podem se agrupar livremente através da internet …. o contrário está acontecendo ultimamente, sendo que esta revolução nos meios de comunicação absolutamente sem precedentes históricos, está de fato permitindo que as pessoas com interesses similares se encontrem e se organizem organicamente … ou seja, ultrapassando os tradicionais “gate keepers” da informação, os controladores e prescritivistas e ditadores de identidades e de gostos e de costumes.

Paul Beppler
Riograndenser Hunsrückisch
Facebook Community Admin.
Seattle, WA – USA.

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